A carga de energia do Sistema Interligado Nacional apresentou um crescimento de 1,2% em julho em relação ao mesmo período do ano passado, segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico. Com relação ao mês de junho de 2016, houve queda de 0,8%, e nos últimos 12 meses, de 0,5%. O desempenho da carga, explica o ONS, tem sido fortemente impactado pela conjuntura adversa com uma conjunção de baixo crescimento econômico, incertezas ainda presentes no ambiente político e tarifa de energia elétrica elevada.
Além disso, a ocorrência de um menor número de dias úteis no mês de julho, relativamente ao mesmo mês do ano anterior, contribuiu para a redução da taxa de crescimento, o que é ratificado pelo resultado da carga ajustada indicando que os fatores fortuitos não econômicos, contribuíram negativamente com 0,8% em julho de 2016.
No Sudeste/Centro-Oeste, os valores de carga de energia no mês apresentaram queda de 0,7% em relação aos valores verificados no mesmo mês do ano anterior. A variação é explicada, principalmente, pelo modesto desempenho da indústria cuja participação na carga do subsistema é de cerca de 35%. Com relação ao mês de junho, verifica-se uma variação positiva de 0,6% e no acumulado dos últimos 12 meses, houve decréscimo de 0,9%. No Sul, a carga subiu 0,5% em julho, na comparação com o mesmo mês do ano anterior. A taxa de crescimento está influenciada não só pelo menor número de dias úteis como também pela ocorrência de temperaturas máximas inferiores às ocorridas no mesmo período do ano anterior. Em relação a junho desse ano, a carga no Sul apresentou queda de 3,8% e no acumulado dos últimos 12 meses, de 2,2%.
Segundo o ONS, a carga do Nordeste aumentou 2,6% em julho, influenciada também pelo menor número de dias úteis na comparação com o mesmo mês do ano passado. Com relação a junho desse ano, foi registrado baixa de 2,7% e no acumulado dos últimos 12 meses, de 0,2%. No Norte, a carga cresceu 3,3% em julho devido a interligação do sistema Macapá que, desde outubro, encontra-se totalmente interligado ao SIN. Com relação a junho, a carga permaneceu estável e nos últimos 12 meses, subiu 4,8%.