Começando a ser inserida na matriz brasileira e a ter a sua cadeia instalada no país, o mercado solar também começa a despertar as atenções da fabricante de cabos Prysmian. A empresa lançou um produto específico para plantas fotovoltaicas, que pode ser aplicado em equipamentos com proteção isolada e instalados de forma fixa ou suspensa. De acordo com Fernando Coelho, gerente comercial da Prysmian, o equipamento veio sendo desenvolvido no país nos últimos dois anos com base nas necessidades técnicas de uma planta solar. "Começamos a desenvolver um produto que atendesse de forma adequada às exigências que são fundamentais para uma boa durabilidade desse cabo", explica.
Coelho conta que o cabo começou a ser produzido na Europa, onde há cerca de dez anos as empresas começaram a usar equipamentos comuns para plantas solares. Alguns anos mais tarde, essas empresas se viram obrigadas a trocar os seus cabos, devido a fatores como a forte exposição ao sol e a elementos como amônia. "As plantas fotovoltaicas exigem um cabo específico, que vá resistir", avisa.
No Brasil, o executivo conta que há um processo de homologação em andamento, que ainda não foi concluído. O cabo da Prysmian ainda pode atuar como um cabo convencional caso seja enterrado. O produto já está sendo fornecido para parques solares no país. A fabricante vem se preparando para o boom da fonte solar, realizando investimentos nos últimos anos. Coelho alerta que empreendedores que estão optando por cabos de baixo custo que não são apropriados para parques solares terão problemas. Segundo ele, em algum tempo eles terão que ser trocados.
O gerente da Prysmian espera que a área de renováveis experimente um bom crescimento esse ano, impulsionada pelas apostas feitas pelo governo. A expectativa da Prysmian é que no ano que vem os resultados sejam melhores. Atuando também na área de telecomunicações, o segmento de energia leva ligeira vantagem na carteira da empresa. "Energia anda é um pouco maior e a gente espera que isso se mantenha o ano que vem", conclui.