Somente nos sete primeiros meses deste ano, a RGE registrou 90 interrupções no abastecimento de energia elétrica em sua área de concessão no Rio Grande do Sul por conta de queimadas provocadas ou acidentais. Erechim foi a cidade com o maior número de registros, seguida por Caxias do Sul e Gravataí.

Embora as queimadas façam parte da cultura do produtor rural do Rio Grande do Sul, em muitos casos a legislação é burlada e o fogo se alastra para próximo da rede de distribuição e transmissão de energia. Esses incêndios, invariavelmente, são responsáveis pelo desabastecimento momentâneos de comunidades inteiras e dificultam o trabalho das equipes de campo da RGE. Ainda que alguns desligamentos sejam breves e não sejam sentidos pela população, acabam comprometendo o trabalho o maquinário instalado em indústrias, que demandam mais tempo para retornar a atividade e causam prejuízo a toda cadeia produtiva.

Conforme o gestor do Centro de Operações Integrado da RGE, Rodrigo Bertani, os desligamentos provocados por queimadas, mesmo que momentâneos chamados "piscas", afetam todo o sistema elétrico e obrigam, em alguns casos, a realização de manobras emergenciais para remanejar carga e evitar o desabastecimento de um número significativo de consumidores ou clientes prioritários, como escolas, hospitais e postos de saúde.

"Os incêndios que atingem a rede por causa de queimadas em área de plantio, por exemplo, podem ser evitados com cuidados básicos, como o respeito a faixa de servidão das linhas e a utilização de culturas que não necessitem esse tipo de manejo para o controle de pragas."