O governo afirmou nesta terça-feira, 23 de agosto, que vai adiar a realização do leilão de transmissão, entre 30 e 40 dias. O certame estava marcado para o próximo dia 2 de setembro. Segundo o secretário de Planejamento e Política Energética do Ministério de Minas Energia, Eduardo Azevedo, o leilão será reformulado, priorizando os empreendimentos mais urgentes do ponto de vista do planejamento energético do setor elétrico. Também haverá uma revisão das taxas de retorno dos empreendimentos, num esforço do governo para garantir o sucesso da licitação.

“A postergação foi basicamente porque a gente entendeu que, da maneira que está, poderia ser pouco competitivo. Teria interessados que iram escolher os empreendimentos que eram vantajosos para eles, mas que não necessariamente seriam de interesse do governo. A lógica é reavaliar a prioridade desses investimentos”, disse Azevedo à jornalistas após participar da Intersolar, evento realizado em São Paulo. 

De acordo com Azevedo, serão priorizados os projetos de interesse do Sistema Interligado Nacional. As taxas de remuneração também serão reavaliadas de modo a considerar as mudanças cambiais e de financiamento do BNDES. “Vamos fazer um ranqueamento dos projetos de interesse do SIN, revendo as taxas de remuneração, uma vez que a gente tem dólar diferente, custo Brasil diferente, percentual de financiamento do BNDES diferente. Tudo está sendo revisto de forma que a gente possa dar o peso certo dos empreendimentos e possa priorizar aqueles empreendimentos de interesse nacional.”

A segunda fase do leilão n° 13/2015 prevê a licitação de 22 lotes, cujo investimento está estimado em R$ 11,8 bilhões. No total, serão licitados 6.600 km de linhas e 6.750 MVA em capacidade de subestação, com previsão de criação de 24 mil empregos diretos. A Receita Anual Permitida máxima soma R$ 2 bilhões.