A Eletrobras espera para ainda no segundo semestre ter uma decisão sobre a continuidade das obras da usina de Angra 3 (RJ – 1.406 MW). De acordo com o presidente da empresa, Wilson Ferreira Júnior, que participou de reunião com investidores na Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais do Rio de Janeiro, há uma comissão estudando o caso e a decisão depende de uma reunião do Conselho Nacional de Política Energética. "Entre outubro e novembro deve ter uma definição de como retomar Angra 3", avisou. Por enquanto, segundo Ferreira, no canteiro de obras, os equipamentos estão sendo preservados.

A usina, que está sendo implantada pela subsidiária Eletronuclear, teve as suas obras paralisadas em setembro de 2015, após as saídas das empresas Techint, Queiroz Galvão, Odebrecht, Andrade Gutierrez e Camargo Corrêa do consórcio Angramon, que executava a montagem eletromecânica. A razão alegada foi falta de pagamento. O processo de licitação também foi alvo da operação Lava Jato, por ter sido objeto de corrupção.

A usina foi anunciada em 2008 e sua previsão inicial era de entrar em operação no fim de 2015. As investigações da Lava Jato culminaram na prisão do então presidente da empresa, Othon Pinheiro. Em julho, também houve uma nova leva de prisões de executivos da empresa, incluindo a do presidente que sucedeu a Pinheiro, por terem interferiu no andamento das investigações.