As cidades do Rio de Janeiro e de Belém são as capitais brasileiras onde a geração distribuída por meio da solar fotovoltaica apresenta o melhor retorno econômico. Esse é o resultado apresentado pelo Índice Comer Solar que avaliou todas as capitais do país e mais quatro distribuidoras no estado de São Paulo. A capital fluminense apresentou o melhor indicador de retorno para a alta tensão com retorno em sete anos e a cidade paraense para a baixa tensão com 5,17 anos.

A avaliação da empresa apontou ainda que Macapá é a menos favorável para a instalação de sistemas de GD em ambas as tensões com retorno em 10,87 anos para clientes na baixa e 16,03 anos na alta.

O ranking foi elaborado levando em conta a tarifa da distribuidora no mercado cativo já considerado a alíquota do ICMS de cada região e o índice de insolação da cidade em questão. Para as cidades mais favoráveis na baixa tensão, o segundo lugar ficou com Fortaleza (5,18 anos), seguida pelo Rio de Janeiro  (5,20 anos), Recife (5,44 anos) e Itapeva, em São Paulo e que é atendida pela Elektro (5,46 anos). Na alta aparecem depois do Rio de Janeiro, Cuiabá (7,09 anos), Campinas, em São Paulo (7,15 anos), Itapeva (7,43 anos) e Porto Alegre (7,46 anos).

Já as localidades onde o retorno é mais demorado na baixa tensão aparece São Paulo e penúltimo lugar (8,95 anos), precedida de Boa Vista (8,48 anos), Campo Grande (8,28 anos) e Curitiba (6,97 anos). Na alta tensão estão Boa Vista (14,10 anos), São Luiz (12,36 anos), São Paulo (12,15 anos) e Maceió (11,32 anos).

Segundo Marcel Haratz, diretor da Comerc Solar, empresa da Comerc Energia lançada no ano passado para atender a esse nicho de mercado no ambiente cativo, ainda nas cidades de maior demora para o retorno do investimento faz sentido a fonte, uma vez que a vida útil é de cerca de 20 anos para os equipamentos.

Aliás, a empresa tem como foco atender a empresas que ainda estão no mercado cativo e que não faziam parte do escopo de trabalho da comercializadora. Segundo o executivo, o foco é atender ao consumidor que não está elegível ao ACL. “Com essa empresa podemos fornecer o serviço desde a base do projeto até realizar o investimento nessa geração com o cliente nos pagando uma parcela da economia obtida com o sistema”, explicou ele, que também está à frente da Comerc Esco, que atua em projetos de eficiência energética.

Até o momento a empresa ainda não fechou nenhum projeto mas há perspectivas de assinatura de contratos. “A empresa iniciou as atividades em fevereiro de 2015 para entender o mercado e este ano passou a prospectar clientes e fechar acordos”, acrescentou Haratz. O foco, disse ele, é de projetos de geração distribuída e não vê a empresa entrando na geração centralizada.