A Copel afirmou nesta quarta-feira, 24 de agosto, que não precisa seguir a opção do governo do estado e que é seu controlador, de alienar ações da empresa de saneamento, a Sanepar, para reforçar seu caixa. A empresa considera que não precisa vender ativos para redução da alavancagem que está, sem efeitos não recorrentes, em 3,2 vezes a relação entre o resultado ebitda e a dívida líquida.
Há um projeto de lei que tramita na Assembleia Legislativa do Paraná que permite ao governo daquele estado em vender sua participação considerada excedente nas estatais, mas sem perder o controle dessas companhias. E envolveria a Sanepar e a Copel.
De acordo com o diretor de Finanças e de Relações com Investidores da Copel, Luiz Eduardo Sebastiani, as ações que a elétrica detém – e equivalem a 13,6% do capital da Sanepar – rendem bons dividendos à Copel e reforçam a geração de caixa da empresa. No caso da Copel, disse o executivo, não há uma meta de venda desses ativos que são da elétrica paranaense. Ele avalia que essa opção de venda que está em análise pelo legislativo do estado vai ao encontro das necessidades de investimentos do governo em outras áreas e que para isso precisa de recursos que podem ser obtidos por meio da alienação desse excedente sem perda de controle das empresas.
No âmbito desse projeto, Sebastiani disse que a Copel não deve vender as ações que detém na Sanepar. Contudo, não descarta essa opção se houver a perspectiva de valor atrativo para realizar o negócio. “No cálculo para essa decisão estão os dividendos que trazem à Copel um valor expressivo, esse montante não é ruim, o que recebemos e é um gerador de caixa para a empresa”, destacou ele após a reunião da empresa com analistas e investidores, promovida pela Apimec-SP.