O cancelamento do leilão de privatização da Celg-D (GO) vai ser negativo para a Eletrobras. Relatório da Moody’s divulgado na última terça-feira, 23 de agosto, revela que a estatal planejava receber em torno de R$ 1,4 bilhão com a venda da sua participação na distribuidora. O governo federal decidiu não realizar o leilão para que o preço dela fosse reavaliado e ficasse mais competitivo. O preço mínimo estipulado era de R$ 2,8 bilhões. A Celg é considerada é um dos ativos mais atraentes de distribuição que a Eletrobras coloca para venda.

De acordo com o relatório, o fracasso do leilão destaca alguns dos desafios que a Eletrobras terá de enfrentar para privatizar suas outras seis empresas de distribuição em 2017, como recentemente anunciado pela administração. A empresa decidiu devolver as concessões de distribuição nos estados de Alagoas, Acre, Piauí, Roraima, Rondônia e Amazonas. Após a venda da Celg, a Eletrobras esperava ter entre R$ 9 bilhões e R$ 10 bilhões de gastos de capital e reduzir as suas necessidades de financiamento em 2016. Descontados os impostos, a expectativa era de um ganho de caixa de R$ 923 milhões.