A multinacional japonesa Yaskawa anunciou que começará a produzir em sua unidade industrial em Diadema, em São Paulo, inversores fotovoltaicos para uso em grandes usinas. A empresa aposta no crescimento do mercado de geração fotovoltaica centralizada na América Latina. “O mercado brasileiro vai ser um dos mais importantes da América Latina junto com o México”, afirmou Mercedes Pereyra Boue, gerente de Negócios Internacionais da Yaskawa, em entrevista à Agência CanalEnergia.

Fundada em 1915, a Yaskawa Electric Corporation é líder global em soluções de automação e está estabelecida no mercado de inversor fotovoltaico no Japão. Sua presença no setor de energia foi ampliada após a aquisição, em 2014, da americana Solectra Solar, considerada a maior fornecedora de inversor comercial no mercado dos Estados Unidos.

No Brasil, por meio de sua subsidiária Yaskawa Elétrico do Brasil, a empresa irá produzir inversores em duas classes de potência, de 750 kW e 1000 kW, projetados para conexão direta com um transformador externo de média tensão, para aplicações em escala comercial ou em usinas. “O maior benefício da solução desenvolvida por nossa empresa é que proporciona somente 2% de perda, ou seja, 98% de eficiência”, destaca Anderson Sato, gerente de engenharia de aplicação e vendas da Yaskawa.

Os inversores são os componentes mais importantes para as usinas fotovoltaicas, pois convertem a energia gerada pelas placas solares em corrente contínua para que a produção possa ser injetada na rede elétrica. Inicialmente, a fábrica em Diadema terá capacidade de produzir o equivalente a 100 MW em equipamentos, com expectativa de expandir para 500 MW. Mercedes disse que o plano da empresa é também usar o Brasil como base para exportação dos inversores para a América Latina. 

A Yaskawa também oferecerá a solução completada de até 2 MW, por bloco, que consiste em um conjunto que integra os inversores, transformadores de potência, proteção, sistemas de comunicação e monitoramento. “Essa solução garante segurança e confiabilidade, eliminando a necessidade de obra civil e minimizando o tempo de instalação”, disse Sato, acrescentando que a solução foi projetada para ser transportada como carga regular, minimizando custos de logística e tempo de transporte.