A Copel se mostrou tranquila com a questão do impacto financeiro que o atraso nas obras da UHE Colíder pode ter até sua operação comercial, prevista para junho de 2017 na unidade 1 até setembro para a terceira turbina do projeto. Com a perspectiva de que o PLD deverá se comportar dentro da normalidade, sem disparadas em seu valor, os custos adicionais que a empresa teria não serão representativos até que comece a entregar a energia para as distribuidoras com quem a Copel-GT tem contratos. A central  foi arrematada pela empresa no A-5 de 2010 e a previsão é de que a usina fique totalmente pronta em outubro de 2017.

Segundo o superintendente de Relações com Investidores da Copel, Artur Felipe Pessuti, a empresa está protegida, amparada por liminar concedida pela Justiça, de entregar energia às concessionárias. Mesmo se a liminar cair, estimou o executivo, do ponto de vista financeiro o impacto não seria o visto como em 2015 quando o PLD estava bem mais elevado. Isso porque a energia não entregue precisa ser adquirida no mercado de curto prazo, cujo preço é o PLD. Como os contratos de venda de Colíder estão em R$ 156/MWh e o preço no mercado spot está mais baixo a empresa não tem perdas. No ano passado ocorreu o contrário com PLD acima desse patamar e a geradora tendo faturamento limitado ao preço de venda no leilão.
“Mesmo se não tivéssemos a liminar não haveria desembolsos. Poderíamos usar energia do nosso portfólio ou a PLD comprado abaixo do valor de venda da energia de Colíder. O risco existe quando o PLD está acima do preço de venda e ainda tem penalização de 15%. Se o PLD está a R$ 200 podemos faturar apenas R$ 156 no máximo”, explicou. “E esse ano não temos a perspectiva de que os valores fiquem tão elevados. Sofremos no início de 2015, mas não em 2016. Para 2017 a expectativa é de que dificilmente os valores serão superiores a R$ 170/MWh”, acrescentou ele.