A Copel estima que a demanda de energia no ano deverá se aproximar da estabilidade em comparação a 2015. É possível que o consumo fique ainda no campo negativo, mas próximo do reportado no ano passado pela companhia. A empresa afirmou nesta quarta-feira, 24 de agosto, que já é possível verificar uma recuperação na esteira do momento da economia. E com isso a área de concessão da empresa deverá apresentar o mesmo indicador que a média brasileira de consumo de energia.

No primeiro semestre a Copel reportou uma queda de 3,2% no mercado cativo em termos de volume de consumo. No Brasil, indicou o superintendente de Relações com Investidores da Copel, Artur Felipe Pessuti, esse índice estava em 1,7% negativo. Mas a tendência é de melhoria de consumo para um patamar estável em relação a 2015.
A companhia comemorou o resultado do 4º ciclo de revisão tarifária, aprovada pela Aneel em junho. A base de remuneração líquida ficou em R$ 4,9 bilhões ante os R$ 2,5 bilhões do ciclo anterior. A parcela B em R$ 2,2 bilhões e a Parcela A em R$ 7,7 bilhões. Segundo o executivo, em apresentação dos resultados da companhia a investidores e analistas, reunião promovida pela Apimec-SP, o resultado permitiu dobrar o tamanho da distribuidora.
Pessuti disse que a Copel está com a questão da sobrecontratação equacionada e que algum risco mais próximo está revisto apenas para 2018 em função do término do vigor das medidas que o governo tomou para ajudar as distribuidoras a sanar esse problema.
“Não temos sobrecontratação. As medidas do governo nos favoreceram e foram suficientes para equacionarmos a conta. Como temos um volume grande de cotas entrou essa parte como sobrecontratação involuntária. Já para os próximos anos o risco que podemos ter é em 2018 porque vencem as medidas, mas não acontecerá porque há uma tendência de recuperação da economia e consequentemente do consumo então isso não é um problema para a Copel”, finalizou ele.