As 33 empresas do setor elétrico que possuem capital aberto no país possuem dívidas totais que somadas alcançam R$ 173 bilhões. Esse é o segundo maior acúmulo de débitos em um grupo de 22 setores que concentra 213 empresas. Acima aparece apenas o segmento de petróleo e gás, cujo endividamento soma R$ 402 bilhões, ou 32,7% do total de R$ 1,2 trilhões que as companhias possuem de estoque de dívida. O levantamento foi divulgado pela Economática.

De acordo com a consultoria o estoque de dívida de curto prazo das empresas alcançou R$ 32,5 bilhões, é o terceiro maior volume do ranking, que é liderado pelas empresas de telecomunicações que apesar de serem apenas três companhias, acumulam R$ 49,1 bilhões de débitos a serem pagos, seguidos por petróleo e gás (quatro empresas) com R$ 37,5 bilhões.
Percentualmente o setor elétrico figura no meio da tabela quando o assunto é a relação da dívida de curto prazo sobre o valor total devido. O segmento apresenta 18,74% dos valores para serem pagos nesse período, sendo a maior parte no longo prazo. A média dos 22 setores é de 20,76%.
Em termos de empresas, as três mais endividadas do setor elétrico são a Eletrobras, Cemig e CPFL Energia, com totais de R$ 46,5 bilhões, R$ 15,4 bilhões e R$ 20 bilhões, respectivamente. No curto prazo os valores são de R$ 5,2 bilhões, R$ 4,6 bilhões e R$ 3,3 bilhões. E dentre as 20 mais endividadas no curto prazo estão em 7º, 9º e 11º lugares. A Oi, do setor de telecomunicações lidera esses dois rankings, sendo que sua dívida total de R$ 46,6 bilhões é toda de curto prazo.
A consultoria destacou que o volume de endividamento total das empresas analisadas recuou do pico de R$ 1,4 trilhão em setembro de 2015 em função da retração da cotação do dólar. Contudo, a dívida total de curto prazo vem aumentando e no somatório das 213 empresas alcançou o maior patamar, com R$ 255 bilhões.