O Brasil já está nos planos da alemã Büfa Composite Systems. A fabricante de resinas para a indústria eólica enxerga no país um mercado em crescimento para ela atuar. De acordo com Jose Moralejo, gerente regional de negócios da companhia, a empresa quer acompanhar a evolução do setor eólico e muitos clientes da empresa já estão produzindo no país. Além disso, o Brasil dispõe de um mercado muito interessante, com boas projeções de crescimento.

Vendo uma mudança clara nos seus mercados tradicionais, a Büfa viu o Brasil se tornar o terceiro maior mercado para novas turbinas eólicas, o que equivale a 7% das vendas. O setor de energia responde por cerca de 10% da produção anual da Büfa. Na América Latina, ela já tem parceria com a Dilutec, que distribui os equipamentos para moldagem de compósitos da BÜFAtec Spain, além de ser fabricantes locais de gelcoat e thinner. Com a tendência do mercado brasileiro de acompanhar o mercado europeu, há a possibilidade que o Brasil também adotar proteção antichama em nacelles e demais componentes dos aerogeradores.

A Dilutec tem fábricas em Senador Canedo (GO) e Piracicaba (SP). Segundo a empresa, a cooperação entre as companhias será inestimável, uma vez que a alemã ainda tem um conhecimento limitado do Brasil. O desafio, segundo a empresa, está na definição de uma estratégia que a permita no curto e no médio prazo colocar os seus serviços à disposição dos clientes europeus que já atuam no Brasil e dar um padrão para eles com os clientes brasileiros.

Para as pás eólicas moldadas em resinas éster-vinílicas, a empresa fornece a massa adesiva Büfa Bonder VE110. O produto é usado na união das duas faces das pás. As nacelles e spinners de poliéster tem vários produtos, já homologados e certificados, como os gelcoats e topcoats Büfa Standard para aplicações externas e internas. Essas resinas são usadas por fabricantes europeus que abastecem as montadoras de aerogeradores.

Atualmente, a Büfa está em uma fase preliminar de desenvolvimento e estabelecimento de metas para o mercado brasileiro, o que a deixa sem poder revelar uma previsão de investimento que poderá ser feito. A empresa não acredita que precisará desenvolver produtos específicos para o mercado brasileiro, apostando que os seus produtos deverão apenas sofrer ajustes pontuais para se adaptarem aos equipamentos brasileiros.