A Eletrobras projeta encerrar ainda essa semana as discussões acerca das novas condições para o leilão da Celg-D. A concessionária goiana deveria ter sido colocada à venda em 19 de agosto, mas o leilão foi adiado por falta de interessados no ativo. Essa será a primeira de uma série de sete empresas que a estatal do setor elétrico já decidiu se desfazer.

De acordo com o diretor Financeiro e de Relações com Investidores da Eletrobras, Armando Casado de Araújo, já houve reuniões sobre o tema e que até o final desta semana deverá se ter a decisão sobre o tema que deve se restringir apenas à reavaliação do valor pretendido pelo governo que era de pelo menos R$ 2,8 bilhões. O futuro concessionário deveria, além de pagar esse valor, assumir a dívida que está em cerca de R$ 2,3 bilhões.

O atual presidente executivo da holding, Wilson Ferreira Júnior, já havia se manifestado contra esse valor de venda pretendido, dizendo que era claro que a concessionária estava superestimada. À época ele ainda estava à frente da CPFL Energia, uma potencial compradora para a Celg-D.

“A definição sai esta semana para o leilão sair ainda este ano”, comentou Casado a jornalistas antes da reunião da empresa com analistas e investidores promovida pela Apimec-SP. “Será uma atualização dos valores, estamos utilizando a mesma consultoria contratada pelo BNDES, a IFC. A informação básica foi o preço e será basicamente a reavaliação do preço de venda”, confirmou ele.

O cronograma para o leilão já está definido será feita a revisão das premissas. E é independente da empresa feito pelo BNDES. Havia uma premissa baseada em uma lei de Goiás que permitiu uma avaliação com passivos que seriam assumidos pelo governo estadual, e assim foi feita a avaliação da distribuidora. Segundo Casado, o que foi identificado é que poderia existir um risco assumido caso o governo local não assumisse esse passivo.