O diretor Financeiro e de Relações com Investidores da Eletrobras, Armando Casado de Araújo, disse nessa quinta-feira, 25 de agosto, que a venda de ativos da Eletrobras ainda está em estudo e que de definição há somente a meta da empresa em se desfazer das concessionárias de distribuição, a começar pela Celg-D. Não há nenhuma definição sobre qualquer outro negócio a ser realizado pela empresa ou suas subsidiárias em vista.

Com isso, ele negou a informação revelada ontem pelo diretor de Relações com Investidores da Copel, Luiz Eduardo Sebastiani, de que uma troca de ativos de transmissão com a Eletrosul estaria próxima de ser fechada.  “O que foi decidido é que a Celg e outras distribuidoras [seriam vendidas], e nunca deixamos de estudar qualquer tipo de negócios com ativos, mas não tem nada, por enquanto não foi avaliado em nível de diretoria executiva, e tudo que for decidido tem que passar pela holding”, comentou ele.

Aliás, dos ativos que estão no alvo de venda, há distribuidoras que constam como inadimplentes junto à CCEE. Casado comentou que a empresa vem fazendo reuniões para tratar dessa questão. Entre as ideias que foram levantadas para tirar as concessionárias dessa situação está a de pagar os credores diretamente com o recurso da CDE que essas distribuidoras tem direito e assim liberar o caminho para a retirada dessa lista. Mas, comentou Casado, essa medida depende ainda de análise da Aneel para permitir esse repasse da conta CDE para os credores diretamente. “Estamos tratando disso com a maior diligência possível para reverter esse quadro e depende de análise da Aneel em permitir essa questão. Em 15 dias deveremos ter a decisão”, projetou ele.

Outra negociação que está no foco da empresa é quanto à energia livre da UHE Belo Monte (PA, 11.233 MW) para que a Norte Energia possa obter empréstimo de R$ 2 bilhões com o BNDES. Segundo Casado os sócios estão em negociação quanto ao preço do PPA para essa energia e assim garantir o acesso da concessionária ao crédito do banco federal. A ideia é de que cada um entre com uma parcela de aquisição equivalente ao seu capital social na usina. No caso da Eletrobras estão envolvidos 15% da Chesf, 15% da holding e mais 19,9% da Eletronorte.