A Eletrobras trabalha com a meta de atender ao prazo de 13 de outubro para apresentar o formulário 20-F à Securities Exchange Commission (SEC), órgão regulador do mercado de capitais nos Estados Unidos, e assim não perder a listagem na bolsa de valores de Nova Iorque. A companhia afirmou que está confiante em terminar o trabalho no prazo, ter a suspensão da medida, mas não deverá apresentar nenhum arquivamento antes dessa data.
De acordo com o diretor Financeiro e de Relações com Investidores da Eletrobras, Armando Casado de Araújo, o trabalho para identificar e ajustar os valores está em andamento. E o prazo oficial é de que em 13 de outubro o documento seja apresentado e assim a empresa não perca a listagem na Nyse. A expectativa é de que entre o final de agosto e mês de setembro, os relatórios referentes às investigações conduzidas pelo escritório Hogan Lovells e as outras partes que estão no processo – Foresinc Account, Comissão de Investigação e Auditoria Independente – sejam apresentados ao Conselho de Administração, Conselho Fiscal e acionistas da empresa.
Segundo a equipe de Relações com Investidores da Eletrobras, será em meados de outubro que o mercado saberá se houve perdas identificadas com corrupção decorrentes da Operação Lava Jato e – se identificada – quanto é esse valor. “Tendo [perdas] ou não estará tratada no balanço para a baixa da ressalva da KPMG item básico para que o formulário seja arquivado na SEC”, disse Casado.
As dificuldades da empresa no sentido de acessar informações das Sociedades de Propósito Específico, reportadas no mês passado, notadamente na concessionária da UHE Santo Antônio (RO, 3.568 MW) foram superadas. Segundo o executivo, a estrutura de investigação montada organizada foi suficiente para que se superasse essas barreiras. Foram avaliados nove projetos da Eletrobras, mas ele não revelou quais e em quantos foram encontrados problemas de acesso.
“O obstáculo dentro das SPEs foi mitigado. Foram avaliados nove projetos escolhidos por metodologia definida entre a Hogan Lovells e a KPMG e dentre esses, tivemos algumas dificuldades. Onde não tivemos autorização para entrar fomos ao limite da participação societária da empresa e foi o suficiente para a KPMG”, declarou Casado.