O governo está estudando os benefícios dos parques híbridos e pretende realizar um leilão já no início do ano que vem. Segundo o secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia, Eduardo Azevedo, estão sendo modeladas quais são as formas de hibridização e como isso pode ser capturado para a modicidade tarifária.

"Pode colocar eólica com solar, com biomassa, biogás e também gás natural complementando. Então, a forma de hibridização está sendo estudada", declarou Azevedo, que participou nesta terça-feira, 30 de agosto, da abertura do Brazil Windpower, no Rio de Janeiro. Ele contou que o governo está estudando o projeto de Tacaratu, primeiro parque híbrido de eólica e solar, inaugurado a cerca de um ano.

O Piauí também já está se preparando para o leilão híbrido. O governador do estado, Wellington Dias (PT), revelou que já está sendo esquematizada uma política de incentivos ainda maiores que os convencionais para projetos dessa categoria. A intenção é que por meio deles, os parques eólico-solares presentes no estado fiquem mais competitivos em um leilão e tenham mais chances de contratação. De acordo com o governador, as regiões das Chapadas do Araripe e das Mangabeiras, nas fronteiras com Pernambuco e Ceará, seriam os locais com mais chances de viabilização desse tipo de projeto.

Azevedo, do MME, destacou que, por enquanto, o governo é temporário, mas quando efetivado quer colocar em prática tudo o que está sendo planejado. "Temos trabalhado em termos de planejamento mais [no caminho] de restaurar a lógica econômica, fazer os empreendimentos acontecerem baseados na lógica de mercado. Acho que isso vai funcionar cada vez mais forte agora", apontou.