O setor elétrico estuda a criação de uma nova figura de contratação de energia no país, os acordos interruptíveis para energia eólica. Essa figura seria aplicada apenas ao mercado livre para ajudar na viabilização da expansão da fonte e serviria para flexibilizar os critérios de escoamento da fonte. A adoção desses contratos ajudariam na operação do sistema em casos de contingências que levassem à necessidade de o Operador Nacional do Sistema Elétrico a cortar a carga da fonte eólica por algum motivo.

Essa ideia, comentou o diretor geral do ONS, Luiz Eduardo Barata, ainda precisaria ser levada à Agência Nacional de Energia Elétrica porque ainda não há essa possibilidade no arcabouço regulatório nacional. E esses contratos teriam mais viabilidade de serem fechados junto a consumidores no ambiente livre de contratação, que estariam mais dispostos a assinar acordos com cláusulas de interrupção do que as distribuidoras, que atuam no mercado regulado.
“Quem for ao leilão já vai com a concordância de ter a interrupção do fornecimento. Para o ACR é mais difícil, mas para o ACL é possível que quem esteja comprando aceite a energia ser interrompida. A ideia é de maturar esse tema e levar para a Aneel. Seria uma espécie de contrato interruptível e vemos no ACL mais possibilidade do que no regulado”, explicou Barata, após sua participação no painel de abertura do segundo dia do Brazil Windpower 2016, maior evento da fonte eólica na América Latina e que está sendo realizado até 1º de setembro no Rio de Janeiro.