A EDP Renováveis vai iniciar este mês as obras do complexo eólico Jaú (90 MW), no Rio Grande do Norte e em até três meses, começa a construção de Aventura (30 MW). No ano que vem deve começar a implantação de Babilônia (140 MW), na Bahia. Ainda este ano, ela deve participar do leilão de reserva, embora não revele com qual projeto. Sem estabelecer uma meta de capacidade a ser alcançada no país, Renato Volponi, gerente regional da empresa, ressalta que apesar da atuação dela no país ainda ser considerada pequena na comparação com outros mercados em que atua, o ímpeto de crescimento é grande. "Em termos de disponibilidade e vontade de crescimento, estamos muito além do traço", afirma.
O executivo não considera a meta de contratação de 3 GW por ano ousada. Segundo Volponi, o valor parece alto devido ao momento do país, já que quando ele estava em franco crescimento, a contratação necessária era de 10 GW por ano. "Certamente as eólicas teriam mais de 3 GW em contratação. Pode parecer alto porque estamos em depressão, mas é um número que tem a proporção do Brasil", explica.
Já com usinas solares em outros países, a EDP Renováveis vislumbra viabilizar projetos dessa fonte no país, mas ainda espera o melhor momento. Volponi compreende as dificuldades que os investidores solares estão enfrentando, devido ao pioneirismo e pelo momento de crise que passa o país. "No momento está complicado para investir em solar", diz.
Em março deste ano, a EDP Renováveis colocou em operação o complexo eólico Baixa do Feijão (RN – 120 MW). Ela já possui usinas eólicas em operação na região Sul do país, nos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. A Gamesa vai fornecer as turbinas para o parque Babilônia e a Wobben será a fornecedora de Aventura e Jaú. Volponi elogiou a volta do Banco do Nordeste do Brasil ao financiamento de usinas eólicas, mas a empresa ainda não formalizou ao banco nenhuma proposta.