A Celpe está realizando, em 2016, o maior investimento em mais de 50 anos de história da distribuidora. A empresa do Grupo Neoenergia aplicará, ao longo deste ano, cerca de R$ 820 milhões destinados, principalmente, a obras de ampliação da rede, construção de subestações, manutenção, automação e modernização do sistema elétrico. Entre janeiro e junho, foram aportados mais de R$ 300 milhões na expansão e melhorias. Neste segundo semestre, serão injetados cerca de R$ 500 milhões, valor equivalente a todo investimento do ano passado.
Além de reforçar e modernizar o sistema elétrico do Estado, o investimento recorde da Celpe assegura a manutenção de mais de 10.700 empregos diretos entre profissionais próprios e prestadores de serviço. O presidente da Celpe, Antonio Carlos Sanches, ressalta que a empresa tem um compromisso com a criação de oportunidade de negócios e com o desenvolvimento de Pernambuco. “A história nos mostra que a economia é cíclica. Vivenciamos um período de retração, mas o mercado voltará a crescer. Quando isso ocorrer, a rede elétrica tem que estar preparada para atender a demanda por energia e ser atrativa a novos empreendimentos”, destaca Sanches.
O investimento será distribuído em toda a área de concessão da Celpe, que compreende os 184 municípios pernambucanos, a Ilha de Fernando de Noronha e a cidade paraibana de Pedra de Fogo. A maior parcela, aproximadamente R$ 341 milhões, será aplicada no Recife e região metropolitana. A região da Zona da Mata receberá R$ 116 milhões. No Agreste, serão investidos R$ 194 milhões. Para o Sertão pernambucano estão previstos R$ 166 milhões.
As ações de manutenção, melhoramento e modernização do sistema irão receber um aporte financeiro de R$ 322 milhões. No decorrer do ano, serão substituídos 564 quilômetros de fiação convencional por rede protegida ou isolada, minimizando interrupções no fornecimento por contato da vegetação urbana na fiação. O plano de investimentos prevê, ainda, a ampliação da automação da rede de distribuição por meio da instalação e ativação de 247 chaves automatizadas. Os equipamentos de proteção são controlados remotamente pelo Centro de Operação Integrada da Celpe, o que evita deslocamento de equipes de prontidão e assegura maior agilidade no processo de recomposição do sistema.
Em 2016, quatro novas subestações foram inauguradas e outras seis serão concluídas nas diversas regiões do Estado. No primeiro semestre deste ano, foram oficialmente entregues as subestações Vertentes e Limoeiro, no Agreste, e Serrita e Santa Cruz, no Sertão Pernambuco. Até o próximo mês de dezembro, serão finalizadas a obras das subestações Setúbal, Iputinga e Ilha do Leite, no Recife, além de Cupira e Gravatá II, no Agreste, e São José do Belmonte, no Sertão.
A expansão do sistema elétrico consumirá recursos superiores a R$ 141 milhões. Além das subestações, o investimento também será destinado à construção e finalização de 135 quilômetros de linhas de transmissão que serão responsáveis pelo aumento da oferta de energia elétrica em todas as regiões. Nesse contexto, destacam-se as linhas em 69 kV Bom Nome/São José do Belmonte, que irá fazer a conexão da nova Subestação São José do Belmonte, melhorando os níveis de tensão e qualidade no fornecimento. A linha São Caetano/Campus propiciará uma melhor oferta e qualidade na distribuição de energia, pela criação do terceiro circuito.
Já a linha de transmissão Agrestina/Cupira está sendo construída para suprir a nova Subestação Cupira, melhorando os níveis de tensão e qualidade no fornecimento. O trecho Tacaimbó/Brejo da Madre de Deus tem a finalidade de reforçar o sistema de alimentação das subestações Brejo da Madre de Deus e Santa Cruz do Capibaribe. A linha Ribeirão/Gravatá II/Gravatá atenderá a nova Subestação Gravatá II. Por fim, a Juazeiro II/Petrolina II, irá ampliar oferta de energia em Petrolina.
As ações projetadas para este ano incluem, ainda, a ligação de aproximadamente 116 mil novos clientes à rede de distribuição da Celpe no perímetro urbano e na zona rural do Estado. As novas ligações demandarão recursos na ordem de R$ 219 milhões. Serão empregados também R$ 25,8 milhões no desenvolvimento e sistemas de informática, em sistemas de telecomunicações, aquisição de veículos e outras ações que dão suporte à distribuição de energia.
No que se refere ao relacionamento com os clientes, a Celpe incorporou um novo conceito de gestão, adotando um atendimento mais ágil, mais fácil e mais próximo. Em linha com o valor Respeito pelo Cliente, a empresa iniciou a requalificação das Lojas de Atendimento, proporcionando maior conforto e comodidade aos usuários que optarem por consultas e soluções presenciais. Além das melhorias na infraestrutura, como a instalação de novos terminais de autoatendimento, a companhia passa a oferecer atendimento com hora marcada e a rede credenciada de arrecadação está sendo ampliada em toda a área de concessão. A concessionária também está facilitando o acesso ao teleatendimento por maio da simplificação do telefone gratuito de prontidão de luz e solicitação de serviços comerciais. A partir de agora, para falar com a Celpe basta discar o número 116.
Um projeto piloto inovador está sendo colocado em operação para intensificar as inspeções preventivas em linhas de transmissão. Um drone com uma câmera termovisora embarcada (que possibilita identificar sobreaquecimento na rede elétrica) é a mais nova ferramenta da empresa para melhor os índices de produtividade e tornar o processo ainda mais eficiente. A utilização da tecnologia ainda pouca explorada pelas distribuidoras de energia brasileiras, faz da Celpe uma das empresas pioneiras do País a contar com o recurso aéreo para identificação de defeitos por meio de níveis de calor.
O plano de combate às fraudes e ligações clandestinas deve consumir R$ 90 milhões ao longo deste ano. Os recursos estão sendo destinados à realização de inspeções de 130 mil unidades consumidoras, com a finalidade de identificar e coibir a prática ilegal. O aporte financeiro também será aplicado na regularização de 15 mil consumidores clandestinos e instalação de rede blindada na região metropolitana. As áreas com maior incidência de ligações clandestinas irão receber 35 mil medidores de energia monitorados remotamente.