A Energisa comunicou ao mercado nesta sexta-feira, 2 de setembro, que decisão da Justiça de São Paulo decretou o encerramento do processo de recuperação judicial da Rede Energia, cuja compra foi concluída em abril de 2014. Segundo a decisão, a Energisa cumpriu todas as obrigações previstas no Plano de Recuperação Judicial homologado em novembro de 2013.
 
A decisão representa a conclusão de um dos capítulos finais da reestruturação definitiva das empresas em recuperação judicial. De acordo com Ricardo Botelho, presidente do Grupo Energisa, o encerramento do processo é mais um passo para consolidar a Energisa como uma das maiores companhias do setor elétrico do Brasil, com histórico bem-sucedido de recuperação de empresas no setor de distribuição. Desde que foram compradas, as oito distribuidoras que era da Rede Energia – Vale Paranapanema (SP), Bragantina (SP), Nacional (SP), Caiuá (SP), Força e Luz do Oeste (PR), Enersul (MS), Cemat (MT) e Celtins (TO), saíram de um prejuízo de R$ 566 milhões, em 2013, para um lucro líquido de R$ 380 milhões, em 2015. Os investimentos avançaram 45% em igual período, passando de R$ 812 milhões para quase R$ 1,2 bilhão em 2015.
 
Antes da transferência de controle para o Grupo Energisa, essas distribuidoras tinham dívidas de R$ 3,9 bilhões. Deste total, R$ 2,2 bilhões eram com os bancos, R$ 1 bilhão entre encargos setoriais e energia comprada em atraso e R$ 700 milhões em impostos parcelados e em atraso. As companhias receberam aportes de capital de cerca de R$ 1,2 bilhão, reperfilaram ou substituíram R$ 2,2 bilhões em dívidas e, em dezembro de 2015, o endividamento líquido já era de aproximadamente R$ 2,4 bilhões, uma redução de 39%.
 
Botelho ressalta ainda que a empresa permanecerá focada nas melhorias operacionais das distribuidoras. Segundo ele, ela vai continuar a perseguir as metas até 2018, quando a Energisa pretende colocá-las entre as melhores do Brasil.