A fabricante de cabos Nexans projeta a evolução da participação das vendas ao segmento de renováveis. Para o ano de 2017 a projeção é de que somente o segmento de fornecimento para o segmento eólico e solar alcance 8% de participação na companhia. Para se ter uma base de comparação, o maior mercado da multinacional francesa é de linhas de transmissão, com uma fatia de cerca de 20% dos negócios no país.

De acordo com o gerente comercial da Nexans para esse mercado, Nelson Albano Jr., a empresa está otimista com o avanço das duas fontes no país. A eólica, comentou, mais consolidada e com fabricantes locais. Já a solar, ainda em fase de instalação em território. Para ambos mercados a companhia espera acompanhar o crescimento que é projetado para os próximos anos com o alcance dos 20 GW eólicos até 2020 e a introdução de forma definitiva da solar na nossa matriz.
“Dos sete fabricantes de aerogeradores que estão no Brasil, já vendemos cabos para seis deles, alguns com pedidos específicos e outros com contratos assinados, em um deles os cabos são todos de nossa fabricação”, explicou o executivo sem citar o nome dos fabricantes.
Apesar da indústria eólica e a sua cadeia de fornecedores já estar bem posicionada com 1 mil fornecedores ainda há espaço para o desenvolvimento de produtos, principalmente nos cabos de baixa tensão que são instalados nas naceles, incluindo os de torção e flexão. Ele explica que há uma nacionalização desses componentes, mas que ainda não é visto como prioritário para a questão do conteúdo local, tanto que há importação desses itens em muitos casos. Mas, destacou que a Nexans possui a homologação do BNDES para o Finame.
Albano destaca que no mercado solar o cenário é diferente, pois já há mais concorrência chegando ao país por ser um momento de estabelecimento da cadeia de fornecedores. Hoje, ressaltou ele, a solar está em um patamar próximo ao que a solar estava em seus primeiros anos de inserção no país.
Independente desse momento, a meta da empresa é de aumentar a sua participação no segmento solar e, no mínimo, manter o market share que detém para a energia solar. Ele não revela os números mas diz que a tendência é de que a participação de vendas de cabos para essas duas fontes fique mais elevado dentro da Nexans.