O Ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, disse que a CPFL Energia, a Iberdrola, a Equatorial Energia e a Enel chegaram a comprar o edital do leilão da Celg-D e acessaram o data room no primeiro processo de venda da companhia. No entanto, o preço de R$ 2,8 bilhões foi considerado alto por todas as empresas e o leilão acabou sendo deserto. "Todas elas conversaram conosco e batiam nessa tecla [do preço]", declarou o ministro.
Agora, após a revisão do valor de venda da companhia, que caiu mais de R$ 1 bilhão, passando para R$ 1,79 bilhão, é possível que essas empresas voltem a ter interesse no ativo. "Eu acho que a gente vai voltar a ter aí não só esses quatro, mas outros interessados", afirmou Coelho ao conversar com jornalistas após reunião do Conselho de Energia da Firjan, no Rio de Janeiro. A expectativa do ministério é que a audiência pública seja feita nos últimos 10 dias do mês de setembro, para que o edital saia ainda no fim deste mês ou início de setembro e o leilão ocorra no final de novembro.
Coelho explicou que a redução do preço de venda da distribuidora foi feita ouvindo tanto o governo do Estado de Goiás, quando o BNDES e o governo Federal. Ele lembrou ainda que a data do primeiro leilão de venda da companhia coincidiu com o processo final de impeachment e que hoje o momento político é menos conturbado e o preço está mais próximo da realidade. "A expectativa é que dê certo", afirmou.