Foi inaugurado na última quarta-feira, 14 de setembro, o Complexo Eólico Ventos de Tianguá, de propriedade da Casa dos Ventos, localizado na Serra da Ibiapaba, no Ceará. O projeto demandou investimentos de aproximadamente R$ 800 milhões e é formado por cinco usinas eólicas e 77 aerogeradores que, juntos, tem capacidade de gerar 130 MW de energia, o equivalente ao necessário para abastecer aproximadamente 150 mil residências. De acordo com Lucas Araripe, diretor de Novos Negócios da Casa dos Ventos, essa inauguração coloca a empresa em uma situação de ponta e privilegiada no mercado, já que em um ano ela colocou em operação quatro grandes complexos eólicos, que somam cerca de 740 MW. "Prova que nós dominamos todo o processo. Levantamento de recursos, gerenciamento de obra, até a operação comercial", explica.

Em setembro de 2015, a companhia iniciou a operação de Ventos de Santa Brígida e Ventos do Araripe, em Pernambuco e Piauí, respectivamente, totalizando juntos 392 MW. Com sete meses de antecedência ao cronograma regulatório, inaugurou no primeiro semestre deste ano Ventos de São Clemente, o maior parque eólico de Pernambuco. Ainda segundo Araripe, os ventos de Tianguá, que fica localizado na Serra da Ibiapina – uma área de preservação ambiental –  se caracterizam por uma velocidade média alta e uma constância de direção e velocidade interessantes. "Os ventos sempre sopram na mesma direção e as máquinas não precisam ficar muito tempo procurando a direção correta", observa.

Além da implantação dos parques, a Casa dos Ventos também investiu na construção de uma linha de transmissão até a subestação Ibiapina II, por onde a energia gerada pelo empreendimento será conectada ao Sistema Interligado Nacional. A implantação de Tianguá gerou aproximadamente 800 empregos diretos, em que a mão de obra local foi priorizada. A Casa dos Ventos e as empresas contratadas utilizaram os recursos do Sistema Nacional de Emprego da cidade de Tianguá, incorporando as comunidades no entorno do empreendimento na execução das obras.