O presidente da Cemig, Mauro Borges, afirmou que a alavancagem da empresa, que alcançou 5,26 vezes a relação entre a dívida líquida e o resultado ebitda apresentará inversão da tendência de alta. O caminho para essa redução, explicou, passa pelo aumento da eficiência operacional das empresas controladas que apresentarão redução de custos operacionais e ainda pela alienação de ativos.
“A taxa de alavancagem da Cemig está começando a cair e caminhar para o processo de desalavancagem”, revelou Borges a jornalistas após participar do evento Diálogos Capitais, nesta sexta-feira, 16 de setembro. “Vou conseguir convencer o mercado de que essa é a trajetória, decorrente de maior eficiência e custo operacional acima do regulatório que vamos zerar. Somente aí é meio bilhão de ganhos e somada à essa eficiência obteremos uma economia de mais de R$1 bilhão de geração de caixa por ano”, projetou o executivo.
Além disso, Borges destacou que a Cemig terá em breve novos eventos a serem anunciados em termos de novos negócios. Questionado sobre quais seriam ele preferiu não revelar.
Sobre um eventual interesse na Celg-D, Borges descartou a participação da empresa na disputa mesmo depois que o governo federal reduziu o valor da empresa em R$ 1 bilhão. Segundo ele, a empresa ainda tem que dar o sinal para o mercado de que vem trabalhando na consolidação dos atuais ativos de distribuição que são dois dos maiores mercados nacionais e que possuem 12 milhões de clientes. “O primeiro passo é garantir a eficiência operacional das empresas, controlar nossas perdas. E esse plano sendo muito bem sucedido resulta em maior eficiência de geração de caixa da companhia”, concluiu.