A Cemig tem à mesa de opções duas alternativas para sua participação em duas das maiores UHEs no Brasil, Santo Antônio (RO, 3.468 MW) e Belo Monte (PA, 11.233 MW). Uma seria a alienação desses ativos e a segunda uma reestruturação societária onde a meta é de ter uma participação relevante na operação da companhia. O presidente da estatal mineira declarou que a companhia vem trabalhando nessas duas soluções e que a opção será aquela mais interessante para os negócios da Cemig.
“Uma coisa é certa, da forma que está não continuará. Se for a reestruturação vamos caminhar para ela e se for pela alienação do ativo vamos nos concentrar em outros mais interessantes de acordo com nosso core business”, afirmou o executivo.
Em sua avaliação não deverá ser complicado para a Cemig encontrar uma saída pois essas grandes usinas apresentam um fluxo de caixa futuro que á atrativo para novos investidores. E que por seu porte é de fundamental importância para o processo de reestruturação da estatal mineira.
Borges lembrou que a alienação de ativos como a ocorrida recentemente na Transchile é um exemplo clássico de como a empresa pode atuar. Isso porque era o único ativo fora do país e sem sinergia com nenhuma operação da empresa. Por isso, contou ele, não fazia sentido estar naquele mercado. Em geração, por sua vez tem um alto valor e por isso há a avaliação desses dois caminhos. “Temos que pensar no nosso plano de negócios, que envolva uma forte desalavancagem”, acrescentou.
Por sua vez, em outra geradora do grupo a Renova, a empresa ainda busca um novo sócio. A meta, comentou ele, é o de que a empresa tenha a capacidade de continuar seu plano de expansão que está baseado em projetos greenfield. “É importante para a reconstrução da Renova, da mesma forma que temos na Taesa e na Light, é fundamental que tenhamos um novo sócio na Renova para que a empresa tenha capacidade de retomar plano de investimento”, afirmou o presidente da Cemig.