O número de conexões de micro e minigeração de energia mais que triplicou nos últimos 12 meses no Brasil, informou a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Em relatório divulgado na segunda-feira, 26 de setembro, a agência destacou que as instalações somaram 5.040 conexões em agosto deste ano, contra 1.148 ligações registradas em setembro de 2015, o que representa uma potência instalada de 47.934 kW. A fonte mais utilizada pelos consumidores-geradores é a solar com 4.955 adesões, seguida da eólica com 39 instalações. O estado com o maior número de micro e minigeradores é Minas Gerais (1.226 conexões), seguido de São Paulo (711) e Rio Grande do Sul (564).
 
De acordo com o diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino, além das vantagens para o consumidor, também são relevantes os benefícios que a geração distribuída traz ao sistema elétrico: redução de perdas e o custo evitado de ampliação do sistema, pois você gera junto à unidade de consumo; o aumento na segurança do abastecimento; e o ganho sob o aspecto ambiental, pois são projetos totalmente sustentáveis.
 
A geração de energia pelos próprios consumidores tornou-se possível a partir da Resolução Normativa ANeel nº 482/2012. A norma estabelece as condições gerais para o acesso de micro e minigeração aos sistemas de distribuição de energia elétrica e cria o sistema de compensação de energia elétrica, que permite ao consumidor instalar pequenos geradores em sua unidade consumidora e trocar energia com a distribuidora local. A resolução 482 foi revista em novembro de 2015 e, na época, estimou-se que em 2024 mais de 1,2 milhão de consumidores passem a produzir sua própria energia, o equivalente a 4,5 GW de potência instalada.