A Empresa de Pesquisa Energética quer se tornar o centro de discussões de eficiência energética no país. De acordo com o presidente da EPE, Luiz Augusto Barroso, a intenção é que primeiro seja feita a discussão em torno do tema para que possam ser organizados em conjunto com o Ministério de Minas e Energia planos e documentos que terão como consequência ações efetivas. "A EPE quer se tornar um hub para discussão do assunto", afirmou Barroso, que participou nesta terça-feira, 27 de setembro, da abertura do workshop "O papel da eficiência energética na economia de baixo carbono do Brasil’, no Rio de Janeiro (RJ).

Barroso acredita que embora existam muitas medidas de eficiência energética de fácil aplicação, o financiamento ainda é uma barreira muito grande, dificultando as ações definidas para o longo prazo. "Primeiro é preciso destravar algumas barreiras”, disse ele, que ressaltou que o retorno obtido como a eficiência energética já é bastante significativo para alguns segmentos.

Um possível mecanismo nessa área pode ser a realização de leilões de eficiência energética. Esse tipo de certame não é novidade e já é realizado em outros países. Segundo o presidente da EPE, o consumidor oferece uma redução de consumo e é pago por essa economia, atuando na forma de um gerador virtual. Na medida em que o consumidor fosse recebendo por essa economia de energia, ele teria esse montante conferido.

Fora da ordem da pauta, não há prazo nem previsão para que um leilão de eficiência posas vir a ser seja realizado. Mas Barroso mostra-se otimista com esse mecanismo, lembrando que ele poderia fazer parte do aperfeiçoamento do setor e que ele poderia ser implementado sem nenhum tipo de pressa. "O processo de leilão é um mecanismo de mercado para facilitar a inserção da eficiência. É um mecanismo eficiente porque o preço vem por um processo competitivo", conclui.