Nos oito primeiros meses de 2016, a RGE registrou 5.870 interrupções no fornecimento de energia em sua área de concessão por conta de raios. Com o início da temporada de chuvas na região, a incidência dos raios na rede elétrica é multiplicada.

O número representa uma média de 24,4 desarmes do sistema por dia, ou seja, um a cada hora. Os raios, ao lado da vegetação, e da corrosão de equipamentos, são os principais ofensores da rede elétrica de qualquer distribuidora de energia elétrica do Brasil, o país com a maior concentração de descargas do mundo.

De acordo com o gestor do COI da RGE, Rodrigo Bertani, para lidar com os problemas causados pelas tempestades com previsão de incidência elevada de raios, a companhia mobilizada as suas equipes de campo para reestabelecer o serviço o mais rápido possível. "Os raios atingem a nossa rede elétrica com muita frequência. Mesmo com os investimentos em redes isoladas, para-raios e outros equipamentos de segurança, estamos vulneráveis a esse tipo de fenômeno climático. Os danos provocados são significativos e podem causar a queima de transformadores e o rompimento de cabos", explica.

De acordo com um levantamento feito pelo Elat, o Rio Grande do Sul é o estado brasileiro que concentra o maior número de descargas atmosféricas que tocam o solo por quilômetros quadrado no país. Entre as 10 cidades que lideram o ranking nacional, três estão dentro da área de concessão da RGE: São Pedro do Butiá, Augusto Pestana e São Nicolau.