A dívida que a Eletrobras acumulou com a Petrobras desde dezembro de 2014 até o final de 2015 ao valor de cerca de R$ 5,5 bilhões pelo fornecimento de gás e combustível para usinas na região Norte do país poderá entrar em uma nova fase. Segundo o presidente da estatal elétrica, Wilson Ferreira Júnior, as equipes técnicas das empresas estão com estudos desenvolvidos, mas o tema poderá ser discutido entre ele e o presidente da Petrobras, Pedro Parente.

Ambos estiveram no evento realizado pela revista Exame, nesta sexta-feira, 30 de novembro, em São Paulo. Ferreira Júnior afirmou que já teve um encontro reservado com Parente em um intervalo do evento. “Estamos tendo discussões entre as equipes e estamos negociando. A discussão deverá subir de nível entre o Pedro Parente e eu. Tivemos um encontro rápido para decidirmos que iremos conversar [sobre o assunto]”, comentou Ferreira Júnior.

Essas iniciativas, comentou o executivo, leva como premissa básica uma diretriz do ministro que é a de restabelecer a confiança da Eletrobras. Ele lembrou que a empresa acumulava inadimplência setorial, com sócios e fornecedores como a própria Petrobras. Aliás esse valor com a petroleira, por ser maior deverá levar mais tempo, mas os débitos menores já estão resolvidos, inclusive os valores pendentes das distribuidoras com a CCEE e até mesmo com as geradoras que compraram energia em leilões regulados da Aneel.

“A inadimplência das distribuidoras, tanto nos contratos bilaterais, CCEARs e na CCEE estão todos resolvidos. Não estaremos como inadimplentes na próxima liquidação do mercado de curto prazo na câmara”, disse.