A divulgação das novas regras de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social para o setor de energia nesta segunda-feira, 3 de outubro, trouxe o incremento do apoio aos projetos solares, que passa a ser de até 80% em TJLP, junto com a decisão de não mais apoiar projetos térmicos a carvão e óleo. Em coletiva de imprensa, a diretora de Infraestrutura e Sustentabilidade, Marilene Ramos, ressaltou que essa diretriz veio devido à necessidade de cumprimento das metas acertadas pelo acordo de Paris. "O banco quer preservar a sua participação para as fontes limpas. É uma política alinhada a que o país asumiu", afirma.
Os projetos a carvão não estão proibidos, porém só poderão contar com o financiamento privado. Ainda de acordo com a diretoria do banco, as novas regras do banco tiveram a intenção de privilegiar com recursos de TJLP os projetos com maior retorno social e ambiental além de proporcionar condições para que o setor privado tenha uma participação maior na equação financeira dos projetos. Os empréstimos-ponte vão acabar, mas a promessa é de mais celeridade para que o empreendedor possa contar com o seu financiamento de longo prazo rápido e não o receba quando o projeto já estibver em fase avançada. "Queremos trocar o empréstimo-ponte por mais agildade", promete a diretora.
Outra mudança que o anúncio do BNDES trouxe veio para os projetos de eficiência energética e iluminação pública, que agora tem condições definidas e antes eram decididas caso a caso nos editais. Marilene Ramos acredita que haverá um grande crescimento nessa área, já que são projetos de grande viabilidade e com condições de se pagarem em tempo curto. "Propicia a instalação aqui de uma cadeia de produção de todos os equipamentos, principalmente de luminárias LED, para atender esse mercado, que gera empregos e tem uma alta qualidade", acrescenta ela.