A Agência Nacional de Energia Elétrica propôs uma tarifa de R$ 78,07/MWh para a parcela da energia da hidrelétrica de Machadinho pertencente à DME Distribuição, de Poços de Caldas (MG). Ela será um pouco mais cara que a das usinas em regime de cotas (R$ 67,17 R$/MWh) e bem mais barata que os R$ 212,05/MWh da energia vendida em leilões por outros sócios da usina.
A agência pretende reduzir o valor de repasse da energia para as tarifas da distribuidora, definido em R$ 148,94/MWh na revisão tarifária da empresa em 2015. A alteração terá efeito retroativo, com a inclusão ou a retirada de custos financeiros no reajuste tarifário de 2016, que deverá ser aprovado em novembro.
No inicio de 2015, os sócios da usina extinguiram a Machadinho Energética, empresa criada para implantar e administrar o empreendimento, e os ativos foram revertidos proporcionalmente para cada associado. No caso da DME-D, a energia é caracterizada como geração própria, permitida no caso de concessionárias de distribuição com mercado inferior a 500 GWh/ano.
A definição de um valor regulatório para a energia de Machadinho passará por audiência pública entre os dias 5 e 21 de outubro. A decisão envolve a avaliação dos ativos de geração da usina e o cálculo do valor necessário à cobertura dos custos operacionais e dos custos de capital do empreendimento. Alem da DME-D, a usina tem como sócios Companhia Brasileira de Aluminio, Alcoa Aluminio, Engie, Vale, Votorantim Cimentos, CEEE GT e Intercement. Com potencia instalada de 1.140MW, ela está localizada na divisa dos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul.