Uma das principais mudanças foi a inclusão da possibilidade de as distribuidoras poderem negociar energia no mercado livre visando a redução da sobrecontratação. A MP também permitirá que a União injete R$ 3,5 bilhões anuais na Conta de Desenvolvimento Energia (CDE), valor que deverá ser transferido para a Eletrobras para quitar despesas incorridas com a aquisição de combustíveis.
A proposta original da MP735 buscava apenas estabelecer regra para permitir a transferência de controle das distribuidoras de energia elétrica das regiões Norte e Nordeste administradas pela Eletrobras, cujos contratos não foram renovados por decisão do Conselho de Administração da estatal. O texto inicial também buscava criar um novo regulamento para a administração da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). Contudo, vários temas foram incluídos que podem mudar sensivelmente o ordenamento do setor elétrico.
Como a MP precisa ser votada até dia 20 de outubro para não perder a validade, o relator Aleluia disse que o objetivo será enviar o texto aprovado ainda hoje para a Câmara dos Deputados. O assunto passará pelas análises dos plenários da Câmara dos Deputados e do Senado, para em seguida seguir para sanção presidencial.