As novas regras de financiamento anunciadas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento no início desta semana também foram bem recebidas pela Associação Brasileira de Empresas de Conservação de Energia. O presidente da Abesco, Alexandre Moana, vê pontos positivos que sinalizam que o BNDES está em linha com as melhores práticas internacionais, privilegiando as fontes renováveis. "O primeiro mundo começou nessa linha e o BNDES seguiu corretamente", afirma.
Ele acredita que o número de financiamentos vai aumentar de modo exitoso caso o BNDES permita nessas novas diretrizes que as escos possam oferecer como garantia os materiais que vão ser usados nos projetos, como máquinas e equipamentos. Bancos privados já aceitam isso em sistemas fotovoltaicos. Esse entrave fez com que em programas de financiamento anteriores, apenas escos ligadas aos grandes players do setor elétrico conseguissem acesso ao crédito, por terem mais musculatura financeira.
O presidente da associação pede cuidado na inserção de projetos solares de microgeração. Para ele, antes da implantação é preciso que a execução de um programa de eficiência energética, de modo que a energia limpa não seja usada para cobrir a ineficiência não detectada. Ele dá como exemplo uma casa que vai instalar um sistema fotovoltaico, mas que continua com um chuveiro elétrico de potência alta e com alto consumo na sua iluminação. "A ordem dos fatores altera o produto. Se eu não fiz eficiência energética antes, eu posso inserir uma fonte solar para alimentar um prejuízo existente", explica.