A Energisa Mato Grosso será responsável pelos custos de implantação da subestação seccionadora Salto Paraíso, que vai permitir a conexão das pequenas centrais hidrelétricas Cabeça de Boi e Da Fazenda, além da usina hidrelétrica Salto Apiacás, da Enel Green Power. A decisão foi tomada pela Agência Nacional de Energia Elétrica, após analisar questionamento apresentado pela distribuidora quanto ao ressarcimento de custos às centrais geradoras.
Um acordo anterior à aquisição da antiga Cemat pela Energisa previa que a Enel executaria as obras de implantação da subestação e seria ressarcida com a transferência das instalações para a distribuidora. As usinas ficariam conectadas originalmente ao barramento de 138 kV da subestação Sinop, mas o ponto de conexão foi alterado para Salto Paraíso, após recomendação da Empresa de Pesquisa Energética.
O acesso ocorreria a partir do seccionamento da Linha de Transmissão 138 kV Nova Monte Verde – Alta Floresta, da Energisa MT. Para a EPE, a solução resolveria simultaneamente os problemas de atendimento às cargas da empresa na região de Alta Floresta, Mato Grosso, e o escoamento da energia das usinas do rio Apiacás.
A Energisa argumentou que o ponto de suprimento destinado a atender a carga da distribuidora tem operação prevista em cinco anos. Até lá, a SE Salto Paraíso vai atender exclusivamente as centrais geradoras. Em razão disso, a proposta era de que o ressarcimento à Enel considerasse o valor depreciado dos ativos durante esse período. Para a Aneel, o valor deve ser calculado de acordo as regras em vigor e o que foi definido no Termo de Compromisso assinado pelas empresas em 2013.