À meia-noite do próximo sábado, 15 de outubro, em função do início do horário de verão 2016/2017, os relógios deverão ser adiantados em uma hora nas seguintes unidades federativas das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste: Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Espírito Santo. O horário de verão terá duração de 126 dias, encerrando-se à meia-noite do dia 19 de fevereiro de 2017, quando os relógios serão atrasados em uma hora.

Segundo o professor Reinaldo Castro Souza, do Departamento de Engenharia Elétrica do Centro Técnico Científico da PUC-Rio (CTC/PUC-Rio), o principal objetivo da medida é melhorar o aproveitamento da luz natural. “Com os dias mais longos, é possível reduzir o consumo de energia elétrica e diminuir a demanda no horário de pico do consumo, das 18 às 21 horas, reduzindo assim a necessidade da energia elétrica produzida pelas termelétricas”, afirmou ele. Ou seja, gerando uma economia nos reservatórios de água das regiões em questão.

O professor também citou que com o horário de verão, o consumidor ganha uma maior qualidade na energia, ou seja, aproveitando a luz natural por mais tempo. E com isso, a segurança operacional também aumenta, pelo fato da carga nas linhas de transmissão diminuir. Mas ele também fez um alerta em relação aos dias mais quentes que estão por vir “é preciso ter muito cuidado e prudência ao usar os aparelhos de ar condicionado, eles são os grandes vilões nas contas de luz do consumidor”.  

Para o Operador Nacional do Sistema Elétrico, esse ano é esperada uma economia de R$ 150 milhões que representa o custo evitado em despacho de usinas térmicas por questões de segurança elétrica e atendimento à ponta de carga no período de vigência do Horário de Verão, R$ 10 milhões a menos em relação ao mesmo período do ano anterior.   

Algumas distribuidoras de energia já estimam a economia gerada com o horário de verão. A RGE acredita que deve proporcionar uma redução de 0,40% no consumo de energia nos 255 municípios que compõem a área de concessão da distribuidora, gerando uma economia de 16,536 mil MWh. Já a CEEE Distribuição, que atende 1,6 milhão de clientes em 72 municípios das regiões Sul e Sudeste do RS, acredita que a economia estimada deve ser de até 0,7%, o que representa o consumo de uma cidade com aproximadamente 40 mil habitantes. A Cemig estima que a economia de energia será de até 0,5%, ou 108 GWh, suficiente para abastecer Belo Horizonte durante nove dias. E para as oito distribuidoras do Grupo CPFL Energia, é esperada uma economia de até 99.832 MWh, energia suficiente para suprir Campinas por 10 dias,  Ribeirão Preto por 19 dias, Bauru por 38 dias, Sorocaba por 18 dias, Santos por 22 dias ou Caxias do Sul por 29 dias.