Está sendo analisado na Câmara o projeto de lei 5824/2016 que estabelece tarifas de energia elétrica uniformes em todo o território nacional. A proposta do deputado Vicentinho Junior (PR-TO) determina que até o dia 15 de dezembro de cada ano seja definida uma tarifa equalizada nacional e adotada por todas as concessionárias e permissionárias no país para cálculo das respectivas faturas de energia elétrica a partir de 1º de janeiro do ano seguinte.
Atualmente, a Agência Nacional de Energia Elétrica define diferentes tarifas de energia elétrica para cada classe de consumo de cada empresa distribuidora, levando em consideração critérios de cada distribuidora e do mercado. Vicentinho Junior propõe a criação de uma conta única para administrar recursos aportados pelas concessionárias e permissionárias do serviço público de distribuição de energia, a Conta Tarifa Elétrica Nacional (CTEN). O texto estabelece que esta conta seja administrada pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica.
O projeto determina que a diferença de receitas entre as concessionárias seja compensada pela CTEN. Sempre que positiva, a concessionária deve creditar à CTEN até o dia 15 do mês subsequente; sempre que negativa, deve ser sacada da CTEN pela concessionária após o dia 15 do mês subsequente. De acordo com a proposta, para definir o valor da tarifa equalizada nacional devem ser considerados: encargos setoriais, tratamento regulatório das perdas comerciais projetadas e verificadas pelas distribuidoras anualmente; mecanismos que garantam o funcionamento da CTEN, multas e sobras de saldo. No entanto, pelo texto, devem ser desconsiderados os tributos estaduais incidentes sobre operações relativas a energia elétrica.
Para o deputado Vicentinho Junior, a medida visa diminuir as desigualdades regionais. "Mantido o estímulo à eficiência das distribuidoras, a proposta não provocará a elevação da tarifa média de energia elétrica no Brasil. A equalização das tarifas de energia elétrica é uma questão de justiça", defende o parlamentar. O projeto, que tramita conclusivamente, será analisado pelas comissões de Minas e Energia e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
As informações são da Agência Câmara