O mercado total de energia da EDP Energias do Brasil no terceiro trimestre do ano ficou 5% menor do que o apurado no mesmo período do ano passado, chegando a 5,9 milhões de MWh. O mercado cativo das distribuidoras do grupo apresentou demanda 5,4% menor ficou em 3,4 milhões de MWh, a energia trânsito pela rede da empresa para o abastecimento do mercado livre e de outras concessionárias apresentou recuo de 4,4%, para 2,3 milhões de MWh, sendo que o primeiro caiu 4,2% e o segundo aumentou 5,2%, todas as comparações com o terceiro trimestre de 2015.
No acumulado do ano os indicadores também estão no campo negativo. O mercado total está 5,3% menor com o registro de 18,3 milhões de MWh, o cativo apresentou queda de 3,4% com consumo de 11,2 milhões de MWh até o final de setembro, o mercado livre teve demanda 8,8% menor com 6,4 milhões de MWh, e apenas a energia destinada a outras concessionárias que teve elevação, nos primeiros nove meses do ano está 13,9% acima do reportado em 2015, o equivalente a 209,5 mil MWh.
As vendas pelas distribuidoras da empresa, a Escelsa (ES) e a Bandeirante (SP), apresentam performance negativa, porém em patamares distintos. Enquanto a concessionária paulista apresenta queda 1,2% no trimestre e de 1,1% no ano, a empresa capixaba reportou indicadores bem mais expressivos de queda, sendo 13,1% na comparação trimestral e 10,8% nos nove meses de 2016.
Na EDP Bandeirante, a demanda na base trimestral cresceu 4,2% no segmento residencial e recuou 22,1% no industrial e 5,1% no comercial. A venda ao mercado cativo da empresa ficou em pouco mais de 2 milhões de MWh. Nessa área de concessão a demanda dos clientes livres aumentou 12,3%, para 1,4 milhão de MWh. Já na anual os indicadores foram de aumento de 1,4% no residencial, queda de 17,6% no industrial e de 2,5% no comercial. Já para clientes livres há um crescimento de 4,9% até o final de setembro.
Por sua vez, na EDP Escelsa a demanda trimestral apresentou queda nas três principais classes de consumidores. No residencial foi de 1,5%, recuou 22,6% no industrial e 8,2% no comercial. A venda para o ACR ficou 1,4 milhão de MWh. A demanda dos clientes livres caiu 24,8%, para pouco mais de 795 mil MWh. Já na base anual os indicadores foram de aumento de 1,7% no residencial, queda de 14,6% no industrial e de 3,7% no comercial. Para os clientes livres a queda é de 25,8% até o final de setembro.
Esse desempenho das distribuidoras, explicou a EDP, reflete a desaceleração da economia e da migração de clientes para o ACL. Outros fatores que auxiliaram na retração foram o nível de desemprego, inflação e queda do rendimento médio. Na área da Bandeirante a empresa reportou 44 migrações do segmento comercial do ACR para o ACL e na Escelsa esse número foi de 55 clientes que mudaram de ambiente de contratação. As migrações no segmento industrial somaram 73 clientes passando ao ACL na Bandeirante e 37 no caso da Escelsa.
Já no segmento de geração, o volume de energia vendida pela empresa nos três meses encerrados em setembro alcançou 3.219 GWh uma redução de 2,2% em relação ao mesmo período do ano passado. No acumulado desde janeiro esse montante é de 9.693 GWh, 17,6% acima do reportado no mesmo período de 2015. Nesse período entraram em operação as UG 1 e 2 da UHE Cachoeira Caldeirão, ocorrida em 5 de agosto.
O GSF médio no trimestre ficou em 83,2%, o que representou uma exposição de 315 GWh e no acumulado do ano o indicador de déficit de geração de 86,8% levou a uma exposição de 776 GWh. A empresa comercializou 3.313 GWh de energia, volume 19% acima dos 2.785 GWh. No acumulado do ano são 8.964 GWh, 12,1% a mais do que em 2015.