A tarifa dos consumidores do Distrito Federal terá aumento médio de 3,42% no próximo dia 22 de outubro, na contramão das reduções aprovadas para outras distribuidoras do centro-sul do país. O impacto resultante da revisão tarifaria da CEB Distribuição será de 1,04% em média para o segmento de alta tensão e de 4,62% para os clientes conectados em baixa tensão.
Condições específicas explicam o aumento aprovado para a distribuidora do DF. Uma delas é a inclusão de componente financeiro relativo à ultima parcela do diferimento do reajuste anual de 2014, que representou cinco pontos percentuais no Índice de Reposicionamento Tarifário.
Com a mudança da data de aniversário contratual da CEB de agosto para outubro, a partir da renovação da concessão da empresa, a revisão considerou um período de 14 meses, e não os 12 meses do ciclo tarifário normal. Pesou ainda o aumento do custo de aquisição de energia das cotas das usinas renovadas, que têm peso significativo no mix de compra da distribuidora. Com isso, a tarifa residencial da empresa, que tradicionalmente está entre as mais baixas do país, foi corrigida para 456,91/MWh ficou mais próxima da média nacional, de R$ 461,00/MWh.
O diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino, destacou que a situação da empresa é um pouco atípica em relação às demais concessionárias de distribuição. Ele lembra que a distribuidora foi muito impactada pela inclusão do bônus de outorga na licitação de 29 hidrelétricas do ano passado, porque adquiriu uma parcela importante da energia dessas usinas.
No processo de revisão, a Aneel também definiu os limites dos indicadores de qualidade DEC e FEC – que medem a duração e frequência das interrupções no fornecimento de energia – para o período de 2017 a 2021. As perdas técnicas sobre a energia injetada no sistema será de 7,46% entre 2017 e 2020. Para as perdas comerciais, o percentual reconhecido na tarifa é de 7,05%.