Com o objetivo de baratear os custos para a fabricação de equipamentos que estimulam a geração de energia solar, a Cemig e a Fapemig estão investindo cerca de R$ 3,5 milhões em um projeto que está transformando o plástico de computadores sem utilização em coletores solares. Além do apoio das instituições do Governo de Minas, o projeto Polímeros para a Inclusão Social (Própolis) tem como parceiras as universidades UNA, UFMG, Centro Universitário Uni-BH, Instituição Social Romacrisna e Comitê para Democratização da Informática (CDI). Os recursos utilizados pela companhia são oriundos de Pesquisa e Desenvolvimentos.
De acordo com Cristiano Magalhães Costa, técnico em Soluções Energéticas da Cemig, a ideia desse projeto é construir equipamentos de qualidade e baixo custo para suprir as iniciativas que a Empresa possui no âmbito da eficiência energética. A companhia faz a instalação de equipamentos de aquecimento solar em hospitais, instituições de longa permanência de idosos e conjuntos habitacionais.
"Uma das prioridades da Cemig é a eficiência energética e, com a grande demanda de equipamentos mais baratos, a empresa decidiu investir em um projeto de pesquisa, com fundamentação teórica e que vai produzir equipamentos de qualidade e durabilidade. No mercado temos vários exemplos de coletores mais baratos, alguns feitos até com garrafas pets, mas que não possuem garantias e solidez", afirma.
Segundo a professora e coordenadora geral do projeto, pelo Centro Universitário Una, Elizabeth Pereira, os computadores antigos que se amontoam em toneladas de lixo eletrônico podem ter uso comercial sustentável. "Os coletores de energia solar feitos de material polimérico, mais baratos que os convencionais produzidos em cobre, podem ser instalados em residências e edifícios comerciais. E têm a mesma eficiência para converter a luz do sol no aquecimento da água, especialmente dos chuveiros", enfatiza.