O presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Junior, determinou as subsidiárias que identifiquem ativos imobiliários que não estão sendo utilizados ou que não são mais necessários, com objetivo de colocá-los à venda rapidamente para gerar recursos e melhorar a situação de caixa da maior empresa do setor elétrico brasileiro. O tema é considerado prioritário, uma vez que a captação de recursos por meio da venda de participações de energia precisará ser avaliada com mais cautela, para evitar que os empreendimentos sejam vendidos na "baixa".
O plano de venda, que deverá envolver imóveis e terrenos de propriedade do grupo, será levado para discussão do Conselho de Administração da Eletrobras em 9 de novembro. "Nós determinamos a todas as controladas a identificação desses imóveis. Esses são prioritários", disse o executivo jornalistas nesta sexta-feira, 21, durante evento sobre infraestrutura em São Paulo promovido pela Abdib e Amcham Brasil. Para dar uma dimensão do potencial de captação de recursos, ele citou um terreno no Estado no Rio de Janeiro que foi comprado no passado por R$ 100 milhões e deverá ser vendido. A venda desses ativos será feita por meio de leilão.
Já a venda dos ativos operacionais de energia será avaliada "com mais critério". "Não queremos vender na baixa. Temos a possiblidade de fazer melhorias operacionais [nos ativos]", disse Ferreira, destacando que o grupo Eletrobras tem participação em 178 empreendimentos. "Nosso objetivo é minimizar uma perda de resultado econômico. Então temos que ser rigoroso em eventual seleção no que deverá ser vendido no melhor preço."
Sobre a licitação da distribuidora goiana Celg, a Eletrobras convocou assembleia para próxima segunda-feira, 24 de outubro, para deliberar sobre a aprovação da operação. A expectativa é que o edital do leilão seja publicado na próxima semana. Ferreira acredita que haverá disputa pela aquisição da Celg. A Eletrobras espera captar ao menos R$ 1 bilhão com a venda da distribuidora. "Eu acredito que vai ter competição."