Segundo a Fitch, os ratings da Copel e de suas subsidiárias são suportados pelo sólido perfil financeiro do grupo, beneficiado pela forte geração de caixa operacional e adequada liquidez. A análise também reflete a atuação do grupo como empresa integrada de energia, com importantes ativos de geração, transmissão e distribuição. A diversidade de segmentos e ativos beneficia a Copel ao diluir possíveis riscos operacionais.
Os ratings consideram, ainda, o risco político decorrente do controle acionário público, evidenciado pelo negativo histórico de diferimentos parciais de reajustes tarifários da Copel Distribuição. As classificações contemplam um moderado risco regulatório do setor elétrico brasileiro e o risco hidrológico inerente ao negócio. A agência também acompanha os impactos negativos do atualmente desfavorável cenário macroeconômico brasileiro sobre os níveis de perda, inadimplência e demanda de energia da distribuidora.
A perspectiva negativa, porém, reflete os desafios do grupo Copel para manter seus indicadores de crédito consolidados compatíveis com a atual classificação. A alavancagem financeira do grupo vem aumentando gradativamente em consequência de um programa de investimentos mais intenso, combinado a uma política de maior distribuição de dividendos. Pelas projeções da Fitch, que seguem critérios próprios, a alavancagem financeira líquida ajustada consolidada da Copel se posicionará acima de 3,5 vezes a partir de 2016. Isto indica que o grupo terá de mostrar flexibilidade para levar o indicador a patamares mais conservadores nos próximos anos, a fim de evitar pressões sobre seus ratings.