O presidente da empresa de Pesquisa Energética, Luiz Augusto Barroso, está confiante no leilão de linhas de transmissão que vai ser realizado na próxima sexta-feira, 28 de outubro. De acordo com ele, o certame vai ser um teste para o mercado, em que serão avaliadas se as condições colocadas são do interesse dos agentes do setor. "Achamos que vai ser positivo", aposta ele, que participou nesta quarta-feira, 26 de outubro, da Rio Oil & Gas, no Rio de Janeiro (RJ).
Esse leilão de transmissão vem com elementos novos, como o aumento nas Receitas Anuais Permitidas e as novas condições de financiamento definidas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. Para Barroso, é difícil fazer um prognóstico devido as várias mudanças, mas que pelo interesse inicial demonstrado pelos agentes, a chance de êxito é boa. Em caso de insucesso, ele não desanima e promete rediscutir os projetos. Os últimos leilões de transmissão se notabilizaram pelo alto número de lotes que "deram vazio" e ficaram sem interessados.
O presidente da EPE não acredita em algum tipo de recuo no teor da nota técnica 121/2016, emitida em parceria com o Operador Nacional do Sistema Elétrico e a Agência Nacional de Energia Elétrica. Projetos nos estados da Bahia, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul – que totalizavam volume expressivo – foram desabilitados do leilão de reserva marcado para 16 de dezembro por falta de margem de escoamento. Classificando a medida como prudente, ele quer no futuro mais aperfeiçoamentos na habilitação de projetos.