A equalização dos termos e a perspectiva de iniciar o recebimento da indenização pelos ativos classificados como RBSE levaram a Cteep a retomar seu caminho de participação nos leilões de transmissão. Após quatro anos afastada a empresa conseguiu arrematar dois lotes em sociedade com a Taesa e mais um de forma isolada.

De acordo com o presidente executivo da empresa, Reynaldo Passanezi, a empresa foi prudente desde 2012, quando a companhia aderiu à prorrogação dos seus contratos de concessão. Ele lembrou que a empresa teve uma importante redução de sua receita operacional o que forçou à adaptação do que chamou de nova realidade enquanto todo o processo de definição das indenizações era desenvolvido. “Isso [pagamento das indenizações] está chegando ao final em julho de 2017. Os recursos serão necessários para que a empresa retome a situação do passado”, comentou ele em coletiva após a realização da segundo etapa do leilão de transmissão nº 13/2015, hoje em São Paulo.

Segundo o executivo, a empresa aguardou ter esse fluxo de caixa para se manter no longo prazo e essa manutenção seria possível por meio desses recursos que serão pagos para a companhia. “A nossa condição financeira exigia isso para voltar a participar da expansão da transmissão, que de fato é o objeto de nossa operação”, acrescentou ele.

Passanezi destacou que a empresa já havia conseguido arrematar lotes que somavam investimentos de R$ 10 bilhões desde 2006. E que essa retomada foi possível com as condições renovadas do contrato de concessão. Segundo ele, a decisão pelos investimentos foi tomada de forma confiante e que isso contribuirá para o país e remuneração dos acionistas.