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A Equatorial Energia surpreendeu o mercado com o apetite no leilão de transmissão desta sexta-feira, 28 de outubro. A companhia que até ontem atuava em distribuição e com pouca capacidade de geração de energia conseguiu arrematar sete dos 21 lotes negociados e será a maior investidora individual com projetos estimados em cerca de R$ 4 bilhões. Apesar desse envolvimento financeiro, a companhia deverá manter sua posição de possível compradora de distribuidoras que serão colocadas pelo governo à venda.

De acordo com o presidente do Conselho de Administração da empresa, o ex-presidente da Eletrobrás, Firmino  Sampaio, a companhia gosta de Distribuição e tem esse negócio como o principal. Ele afirmou a jornalistas após entrevista coletiva que a empresa acredita na sua capacidade de gerenciamento de negócios em distribuição e que não descarta a disputa de forma competitiva pelas distribuidoras da Eletrobrás.

“No nosso IPO, em abril de 2006, nosso nome de batismo faz referência à linha do Equador. A nossa visão inicial era essa [atuar nas distribuidoras dessa região] e de 2004 para cá ficamos esperando esses ativos. Não podemos ficar eternamente aguardando por essas empresas. Administrar varejo não é coisa trivial e exige muita presença e figura de dono, é por isso que  gostamos de Distribuição, porque sabemos fazer isso”, discursou. Mas, desconversou ele, ainda é cedo para qualquer avaliação sobre a concorrência por essas concessionárias. Sobre a primeira das distribuidoras na fila e cujo edital foi publicado na manhã desta sexta-feira, 30, Sampaio disse que há pouco tempo para a empresa e que deverão acelerar o passo, pois não haverá tempo para respirar após todo o trabalho para o certame que marcou a entrada da empresa como um novo player em transmissão.

“Para novembro, é uma coisa que temos que trabalhar muito para saber. Estava achando que poderíamos respirar um pouco, mas sabemos que ativos precificados como a Celg são ativos onde tem a mobilização grande de capital imediato e exige muito investimento no dia seguinte. Essa é uma empresa para ser olhada com mais cuidado e atenção”, comentou. Mas na avaliação do executivo o valor de venda de R$ 1,8 bilhão deverá atrair concorrência. Mais de um, diz ele, sem revelar se a empresa está nesse grupo. Um outro rumor de mercado aponta sempre a Equatorial como possível compradora do controle da Light, empresa onde já esteve no passado. Nesse caso, revelou Sampaio, não passa de notícias de mercado.

Segundo ele, não chegou à companhia essa proposta de venda firme do controle da Light. Para a Equatorial, reforçou ele, o interesse seria apenas o de ser dono controlador da distribuidora fluminense. “Deveria ser como controlador não adianta ser minoritário, não é nossos perfil”, resumiu Sampaio.

Sobre a capacidade de investimentos da Equatorial, o executivo afirmou que a companhia tem liquidez para os aportes e que o fato de ter cinco anos para a conclusão da obra ajuda no equacionamento financeiro. Segundo ele, todas as alternativas que estão no mercado são alvo de avaliação, inclusive o BNDES. “Entregamos envelopes vazios porque tínhamos o limite de nossa responsabilidade, aquilo que é possível de executar sem constrangimento dos acionistas e da empresa”, afirmou.

Questionado sobre atuar em geração, um negócio onde possui uma pequena capacidade no Maranhão, ele disse que é um passo possível de se seguir. Contudo, essa abertura de horizontes acontece aos poucos e exige um esforço grande. “No longo prazo uma empresa de energia não pode esquecer nenhum dos segmentos, mas ainda não estamos maduros como estávamos aqui hoje para a transmissão”, finalizou.

Segundo Sampaio, a Equatorial avaliava iniciar a atividade no segmento de transmissão de energia desde setembro de 2015 quando a subsidiária para esse segmento foi constituída. Segundo ele, essa entrada deu-se após um estudo detalhado e à capacidade de endividamento da empresa.