A Agência de classificação de risco Fitch Ratings rebaixou na última quarta-feira, 26 de outubro, de ‘BBB- (bra) para ‘CC (bra)’ o Rating Nacional de Longo Prazo da Renova Energia. O rebaixamento reflete o aumento da exposição da Renova ao risco de refinanciamento e a deterioração da sua flexibilidade financeira. De acordo com a agência, existe a expectativa de que a empresa terá dificuldades em manter os pagamentos de suas obrigações financeiras em dia sem que haja uma venda significativa de ativos ou um aporte substancial por parte de seus acionistas.

Segundo a Fitch, o rating da Renova se baseia na alta probabilidade de que a companhia tenha que entrar em acordos com seus credores, devido à aproximação do vencimento de R$ 222 milhões de dívida da holding, nos próximos 90 dias. A posição de caixa da Renova mais o fluxo de recursos a receber até o vencimento não são suficientes para realizar o pagamento integral e pontual das obrigações previstas até janeiro de 2017.

No âmbito dos projetos, a subholding Diamantina Eólica possui R$ 773 milhões de empréstimos-ponte com vencimento em dezembro de 2016, com financiamento de longo prazo ainda pendente de aprovação do BNDES e estratégia de refinanciamento ainda incerta. Na opinião da Fitch, a estrutura de capital da Renova é insustentável, e coloca a companhia em uma posição altamente vulnerável e exposta a um evento de inadimplência.

Para a agência, a execução, no curto prazo, de iniciativas que fortaleçam a posição de caixa da holding, a redução da dívida e o equacionamento do empréstimo-ponte são essenciais para a melhoria do perfil de crédito da companhia. A principal premissa no cenário-base da Fitch inclui a ausência por parte da Renova de um plano de repagamento ou refinanciamento que assegure o pagamento das dívidas de curto prazo nas datas de vencimento.

Nos próximos 30 dias, haverá um rebaixamento do rating para C (bra) ’ caso a emissora não assegure o pagamento das obrigações financeiras no vencimento. Ele ainda poderá ser rebaixado para ‘RD (bra)’ caso haja uma troca forçada de dívida. Em caso de inadimplência, o rating será rebaixado para ‘D (bra). ’