fechados por mês
eventos do CanalEnergia
mantenha-se informado
sobre o setor de energia.
Com o reconhecimento dos valores da RBSE já contabilizados em seu balanço e com a iminência de ver os primeiros recebimentos da indenização a partir de julho do ano que vem, a Cteep ganhou o fôlego financeiro necessário para voltar à participação de leilões e também de aquisições de ativos. Nessa segunda área de atuação, a empresa elege como foco ativos que possam ter sinergias com o atual portfólio da companhia.
De acordo com o presidente da Cteep, Reynaldo Passanezi, há uma obrigação de analisar não somente os leilões mas aquisições também, pois, segundo suas palavras, ambos contribuem para o crescimento. “Não temos preferência por um ou outro, vamos olhar ambos e sempre seremos mais competitivos quanto mais sinérgicos são esses ativos. Temos mais condições de ganhar leilão ou aquisição em São Paulo do que no Amazonas, onde não temos operação”, exemplificou ele.
O executivo afirmou, em apresentação analistas e investidores em reunião promovida pela Apimec-SP, que o parâmetro básico para avaliar um projeto é se este leva a uma geração de valor para a companhia. E que a avaliação de onde investir passa pelo respeito à rentabilidade requerida pelo acionista, observando a disciplina financeira e prudência.
Passanezi destacou que a companhia possui uma área que está mapeando os ativos potenciais para a Cteep que podem ser de interesse futuro. Não necessariamente esses empreendimentos estão no mercado. Um ponto a ser observado nesse sentido é o tamanho do aporte necessário. Para o executivo dependendo do volume a ser despendido no projeto a empresa, apesar de capitalizada não teria como participar.
A Cteep calcula que as parcelas mensais a receber a partir do ano que vem somará algo próximo R$ 943 milhões. Esse valor é resultado da atualização monetária dos ativos anteriores a maio 2000. Além disso, há a parcela de mais R$ 811 milhões que faz parte da indenização que seria normalmente paga para a empresa. Com isso, o valor a receber da Cteep é de R$ 1,754 bilhão ao mês. No total atualizado, a Cteep calculou a indenização em R$ 8,6 bilhões, recursos esses que, segundo Passanezi, permitirão à empresa recuperar o que foi perdido em 2012, fazendo referência à queda de receita de 70% que a empresa enfrentou ao aceitar a prorrogação das concessões. Questionado se a meta da Cteep seria a de recompor toda aquela receita passada perdida em 2012, Passanezi disse que não é esse o foco.
Com os recursos, a Cteep estaria com maior fôlego para buscar recursos no mercado para financiar as obras. E esse será o caminho da transmissora, sempre buscar o maior volume de recursos em bancos, preferencialmente o BNDES. Ele apontou como o limite para a alavancagem da empresa uma faixa entre 3 e 3,5 vezes a relação entre o resultado ebitda (antes de juros, impostos, depreciação e amortização) e a dívida liquida da empresa.
Sobre os lotes que a empresa arrematou no leilão de transmissão da última sexta-feira, 28 de outubro, o executivo comentou que a estruturação financeira desses projetos passa pelo BNDES e pela emissão de debêntures de infraestrutura. Ele descartou a obtenção de empréstimos ponte para os projetos até porque a empresa estará com recursos em caixa. A ideia, disse ele, é a de alavancar ao máximo.