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A Prisma atua nos mercados europeu e asiático com fabricante e desenvolvedora de projetos fotovoltaicos, com mais de 6,5 GW instalados no mundo. No Brasil, a empresa espera começar como montadora de painéis, importando equipamentos da China e da Europa. Apenas as molduras de alumínio serão produzidas localmente nessa primeira etapa em atendimento as exigências de financiamento do BNDES.
A empresa já tem pedidos para projetos em países como Marrocos, Norte da África, Republica Dominicana e Sudão. Também está negociando um projeto em Cuba e com as empresas vencedores dos dois últimos leilões de energia realizados no Brasil entre 2014 e 2015. O objetivo é começar a produzir as placas no país para o atendimento da demanda local e à exportação.
Pontos de preocupação – Para que o equipamento produzido no Brasil possa competir no mercado, explicou Lira, é importante que se tenha os incentivos do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores e Displays (Padis) do governo federal. O Padis é um conjunto de incentivos federais estabelecidos com o objetivo de contribuir para a atração de investimento e ampliação da cadeia existente. O Padis trabalha redução da alíquota de IPI, PIS e Cofins sobre insumos produtivos e maquinários, e na redução de imposto de renda da pessoa jurídica.
O secretário de Planejamento e Política Energética do Ministério de Minas e Energia, Eduardo Azevedo, disse em entrevista recente à Agência CanalEnergia que estão em estudo duas propostas: ou incluir os insumos e maquinários do setor fotovoltaico no atual Padis ou criar um segundo Padis específico para o setor solar. Hoje a tributação que incide sobre os insumos e maquinários produzidos no país faz que com o painel solar nacional seja até 30% mais caro que o produto acabado importado, desestimulando a produção local e a vinda de novas empresas.
“Isso é um diferencial do mercado, facilita a atividade que o grupo pretende desenvolver, inclusive na exportação de produtos, que será um dos focos. Não dá para gerar competitividade se não tiver esses incentivos fiscais. Sem o Padis dificulta qualquer tipo de investimento nessa esfera”, comentou Lira. A indefinição sobre o início das obras dos projetos solares vencedores dos leilões de 2014 e 2015 também é outro fator que dificulta a toma de decisão da indústria fotovoltaica que pretende se instalar no Brasil. No primeiro leilão realizado em 2014, 62 empreendimentos foram contratados, sendo 31 usinas fotovoltaicas e 31 usinas eólicas.
Neste ano, seis empresas vencedoras do LER 2014 protocolaram na Aneel pedidos para postergação de cronograma de seus empreendimentos. Juntas essas empresas representam 64% da potência contratada naquele certame (570 MW de 890 MW). Contratualmente, esses projetos precisam entregar energia em 2017. Apenas a Enel Green Power, que conquistou 210 MW, segue desenvolvendo os seus projetos.
Ainda em entrevista recente, Azevedo disse que governo costura um acordo com a Aneel para permitir o cancelamento dos contratos de energia solar comercializados no leilão de reserva de 2014. A ideia é incentivar uma “descontratação voluntária” oferecendo como contrapartida a redução das penalidades previstas nos contratos.