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A decisão do governo federal em mudar a metodologia de aversão ao risco para a Superfície de Aversão ao Risco (SAR) em 2018 será benéfica para o setor elétrico. A opinião é da PSR e está na mais recente edição da publicação mensal Energy Report. De acordo com a consultoria, a SAR poderá refletir diretamente o critério de segurança do operador, que está relacionado com o nível de armazenamento desejado no início do período úmido. E ainda, a superfície facilita a utilização dos modelos de otimização para o planejamento da expansão que sejam coerentes com os procedimentos do ONS.

O atual modelo de risco, CVaR, indicou a PSR, apresenta uma relação de critério de segurança do operador, contudo, indica, essa relação é indireta, pois está associada a custos operativos e não ao volume.
Conforme havia indicado o presidente da consultoria, Mário Veiga, à Agência CanalEnergia, apesar das características favoráveis da SAR, o fator mais critico no entanto é o de se ter previsibilidade e transparência na hora de implementar qualquer mudança. E essa indicação de cronograma que coloca a SAR para 2018 é um primeiro passo nessa direção, restando ainda a realização de testes com a metodologia com a participação dos agentes e que essa ação ocorra o mais cedo possível.
Assim que entrar em vigor a SAR será a quinta metodologia de aversão ao risco aplicada no setor elétrico nacional. Essa saga, comentou a consultoria, começou ainda na última década de 1980 e envolvia um prêmio de risco somado ao custo de falha de suprimento. Em 2002, após o racionamento, chegou a vez da Curva de Aversão ao Risco (CAR), em 2008 houve o Procedimento Operativo de Curto Prazo (POCP) até que em 2013 chegou à atual, a CVaR. Essas metodologias, apontou a PSR, têm uma base conceitual relativamente simples, que pode ser entendida sem recorrer a formulações matemáticas complexas e cujo objetivo é o de alcançar um determinado grau de segurança operativo, onde tudo começa com a decisão de qual fonte o operador deve despachar para manter esse nível de segurança.
A CAR, primeiro critério de reserva implantado no Brasil, tinha limitação já reconhecida naquela época que era a capacidade de intercâmbio de energia entre as regiões que não eram representados corretamente. A PSR lembra que os valores desse intercâmbio eram pré-fixados e não dependiam da situação operativa. E a SAR foi criada justamente para a correção desse problema ainda em 2008.
A consultoria explicou que de maneira simplificada, a SAR poderia ser vista como uma CAR tridimensional, em que o mínimo de armazenamento depende do vetor de armazenamentos nas três regiões, isso porque o Norte não tinha a curva de aversão ao risco.
Por sua vez, o procedimento de segurança POCP, adotado no mesmo ano, é semelhante à SAR, inclusive nos valores do intercâmbio.A limitação desse mecanismo era o de não ser representado no modelo de cálculo de política operativa ótima, aquela que leva ao menor custo esperado ao consumidor. Como consequência, apontou a PSR, os custos de geração de segurança que resultavam do POCP tinham que ser cobrados por meio de um encargo suplementar, o ESS.
De acordo com a consultoria, a limitação do CVaR está no fato da dificuldade em interpretar os resultados dessa metodologia cujo cerne é : “o que significa calcular a política operativa de uma determinada distribuição de vazões X, neste caso com mais peso para as vazões severas, porém simular a operação com outra distribuição de vazões Y, aqui a distribuição original? Até hoje, a resposta não está clara.”, questiona a PSR.
E acrescenta que uma das consequências do uso de distribuições diferentes no cálculo da política e da simulação é que passa a ser bem mais complexo determinar um plano de expansão ótimo, que é aquele que minimiza a soma do custo do investimento mais o valor esperado do custo operativo. E esta limitação, por sua vez, afeta harmonização entre os estudos de planejamento da expansão realizados pela EPE e estudos operativos do ONS. Outro ponto, observou a consultoria em sua publicação mensal Energy Report é que os parâmetros lambda e alfa estão relacionados com o custo operativo e não com riscos.