A AES Tietê Energia apresentou um lucro líquido de R$ 97,8 milhões no terceiro trimestre de 2016, queda de 38,6% quando comparado aos R$ 159,3 milhões do mesmo período de 2015. No ano a queda de lucro está em 41,8% ante 2015. A empresa acumula ganhos de R$ 275,4 milhões ante os R$ 473,2 milhões de 2016. As quedas reportadas não somente nesse indicador, mas como em receita e de geração de caixa operacional são atribuídos ao encerramento do contrato bilateral da geradora com a AES Eletropaulo que esteve vigente até 31 de dezembro de 2015.

O resultado ebitda (antes de juros, impostos, depreciação e amortização) na base trimestral da geradora ficou em R$ 213,8 milhões, recuo de 36% na mesma base de comparação com 2015. Essa queda deve-se à redução do preço médio de venda. No ano esse indicador soma R$ 633 milhões, recuo de 36% na comparação com os nove meses de 2015.  
A receita operacional bruta da empresa somou R$ 453,6 milhões, 31,9% menor do que no  mesmo trimestre de 2015. Um dos principais motivos é o menor preço médio em função do término do contrato com a AES Eletropaulo. Já nos nove meses de 2016 o indicador segue a mesma tendência com queda de 35,9%, justamente pelo encerramento do contrato bilateral com a distribuidora do próprio grupo AES Brasil.
O volume de energia gerada nos três meses encerrados em setembro somou 3.189,1 GWh, aumento de 59,9% na comparação com 2015. No acumulado do ano, esse volume somou 9.869,8 GWh um volume 84,6% acima do reportado nesse mesmo período de 2015. O destaque ficou com a maior UHE da empresa a de Água Vermelha que no ano vem apresentando geração 106,4% acima do reportado em 2015.
A energia faturada aumentou em 14,8% na comparação trimestral e 13,4% acima quando a base é anual. A performance, explicou a geradora, deve-se ao aumento da venda de energia no MRE e função do maior despacho das usinas da companhia ao longo deste ano. No trimestre foram faturados 4.011 GWh e no ano 12.096 GWh.
De acordo com a empresa, os resultados de trimestre foram influenciados pelo aumento do volume de energia gerada no período. Este amento deve-se pelo menor volume e compra de energia no mercado de curto prazo, que associado ao menor preço spot médio verificado no submercado SE/CO, que ficou em R$ 115,01/MWh ante os R$ 203,82/MWh no mesmo período de 2015, resultaram na queda dos custos com energia no MCP em R$ 70,3 milhões quando comprado ao mesmo período do ano anterior.